"Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo
uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente
são os brasileiros", diz
editorial do jornal francês Le Monde, um dos mais influentes da Europa.
O jornal francês Le Monde, um dos mais
influentes da Europa, publicou editorial neste fim de semana, em que afirma que
o impeachment de Dilma Rousseff é "golpe
ou farsa", que vitima o povo brasileiro.
"A ironia quis que a corrupção fizesse milhões
de brasileiros saírem para as ruas nos últimos meses, mas que não fosse ela a
causa da queda de Dilma Rousseff. Pior: os próprios arquitetos de sua derrocada
não são santos",
diz um trecho.
"O homem que deu início ao processo de
impeachment, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é acusado de
corrupção e de lavagem de dinheiro. A presidente do Brasil está sendo julgada
por um Senado que tem um terço de seus representantes, segundo o site Congresso
em Foco, como alvos de processos criminais. Ela será substituída por seu
vice-presidente, Michel Temer, embora este seja considerado inelegível durante
oito anos por ter ultrapassado o limite permitido de doações de campanha."
"Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo
uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente
são os brasileiros."
LEIA,
ABAIXO, O ORIGINAL EM FRANCÊS:
La triste ironie de la chute de Dilma Rousseff
Editorial. Première femme présidente du Brésil, Dilma Rousseff vit ses derniers jours au sommet de l’Etat.
L’issue de son procès en destitution, ouvert
jeudi 25 août au Sénat, ne fait guère de doute. A moins d’un coup de
théâtre, la dauphine du bien-aimé président Lula (2003-2010), suspendue de ses
fonctions en mai, sera définitivement chassée dupouvoir le 30 ou le 31 août.
Dilma Rousseff a commis des erreurs politiques,
économiques et tactiques. Mais son éviction, motivée par des acrobaties
comptables auxquelles elle s’est livrée comme bien d’autres présidents, ne
passera pas à la postérité comme un épisode glorieux de la jeune démocratie
brésilienne.
Pour décrire le processus en cours, ses
partisans évoquent un « crime
parfait ». L’impeachment, prévu dans la Constitution brésilienne, a
tous les atours de la légitimité. Personne, de fait, n’est venu déloger Dilma Rousseff, réélue
en 2014, par la force des baïonnettes. L’ancienne guerrillera a elle-même
usé de tous les recours légaux pour se défendre, en vain. Impopulaire et
malhabile, Dilma Rousseff s’estime victime d’un « coup d’Etat » fomenté par ses adversaires, par
les médias, et en particulier par la télévision
Globo, aux ordres d’une élite économique soucieuse de préserver ses intérêts prétendument
menacés par la soif d’égalitarisme de son parti, le Parti des travailleurs
(PT).
La bête noire d’une partie des Brésiliens
Cette guerre au sommet s’est déroulée sur fond de
révolte sociale. Après les « années bonheur » de prospérité
économique, d’avancées sociales et de recul de la pauvreté sous les deux
mandats de Lula, est venu, dès 2013, le temps des revendications citoyennes.
L’accès à la consommation, l’organisation de la Coupe du monde puis
des Jeux olympiques n’étaient plus de nature
à combler le « peuple ». Il
voulait davantage que « du pain et des jeux » :
des écoles, des hôpitaux, une police fiable.
Le scandale de corruption à grande échelle lié au
groupe pétrolier Petrobras a achevé de scandaliser un pays malmené par une
crise économique sans précédent. En plein désarroi, une partie des Brésiliens
ont fait du juge Sergio Moro, chargé de l’opération « Lava Jato »
(« lavage express »), leur héros, et de la présidente leur bête
noire.
L’ironie veut que si la corruption a fait descendre des millions de Brésiliens
dans les rues ces derniers mois, ce n’est pas à cause d’elle que tombera Dilma
Rousseff. Pire : les artisans de sa chute ne sont pas eux-mêmes des
enfants de chœur. L’homme qui a lancé la procédure de destitution, Eduardo
Cunha, ancien président de la Chambre des députés, est accusé de corruption et
de blanchiment d’argent. La présidente du Brésil est jugée par un Sénat dont un
tiers des élus font, selon le site Congresso em Foco, l’objet de poursuites
criminelles. Elle sera remplacée par son vice-président, Michel Temer, pourtant
censé être inéligible pendant huit ans pour avoir dépassé la limite autorisée de
frais de campagne.
Le bras droit de M. Temer, Romero Juca, ancien
ministre de la planification du gouvernement intérimaire, a été confondu en mai
par une écoute téléphonique datée du mois de mars dans laquelle il réclamait
explicitement un « changement
de gouvernement » pour barrer la route de l’opération
judiciaire « Lava Jato ». S’il n’y a pas coup d’Etat, il y a au moins
tromperie. Et les vraies victimes de cette tragi-comédie politique sont,
malheureusement, les Brésiliens.
Enquanto aqui no Brasil temos uma mídia golpista.
ResponderExcluirO Jornal Le monde não conhece a realidade dos fatos. O que diriam do caso Collor de Melo? Foi também um golpe copatrocinado pelo PT? A própria Dilma disse que outros presidente também deram pedaladas fiscais. Então não tem como não acreditar que um ato que está sendo presidido pelo presidente do STF a maior corte de Justiça do País seja um golpe. Esse jornal francês devia fazer o que todo bom jornalista faz, ouvir as duas partes. ASSIM TERIA CONDIÇÕES DE PUBLICAR UMA MATÉRIA NÃO UMA OPINIÃO QUE NÃO SABEMOS SE FOI PAGA.
ResponderExcluirSuas afirmações são equivocadas no caso do Collor teve comprovocação de uso de cheques para compra de um carro pessoal inclusive o jurista que pediu o afastasemnto do mesmo deu depoimento na Câmara comparando com a Dilma que são situações diferentes não tem nenhuma uma comprovação de RESPONSABILIDADE foi pura vingança de Eduardo Cunha que não conseguiu votos no conselho de ética. A análise Le monde esta´correta não está contaminada pelo partidarismo da imprensa brasileira que se comporta de foram parcial.
ExcluirProcure si informar não é so´jornal françês que tem esta opinião jornais americanos, alemães e ingleses tem mesma opninião o rito pode está correto mas no julagamnto do merito não tem justificativa e GOLPE.
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ResponderExcluirQuem liga pro Le Monde? TCHAU QUERIDA!
Claro um analfabeto politico manipulado pela uma mídia oligopolizada no Brasil.
ExcluirQuando a ficha cair vamos ver que maior vitima vai ser o povo .
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ResponderExcluirRicardo Pereira @ricardope TWITER Os 45 mil para Janaína Paschoal foram a entrada, o GOLPE mesmo vai custar os direitos trabalhistas, o pré-sal, verbas para Educação
Se a única forma de tirar um governo corruPTo, que passa 4 anos comprando votos (bolsa família) pra garantir as próximas eleições e transformando as pessoas em VAGABUNDOS FUNCIONAIS, é o GOLPE... que venha o GOLPE!
ResponderExcluirO Bolsa Familia é um programa de reconhecimento de várias instituições internacionais entre elas ONU. Foi implantada no Brasil devido temos uma das piores distribuições de renda, acrescento ainda para elhe informar segundo do IPEA maioria dos que recebem Bolsa Familia trabalham o que recebem é so para complementar a renda familiar.
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