BURITI (MA) REGISTRA PIORA NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SOB GOVERNO NALDO BATISTA, APONTAM DADOS DO IDEB

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da cidade caiu de 3,4 para 3,2 entre 2015 e 2017, nos anos finais do ensino fundamental (9º ano). MEC divulgou dados nesta segunda-feira 3/9.

A rede pública municipal de educação de Buriti registrou queda no indicador de qualidade do governo federal em todo ensino fundamental. Nos anos iniciais, do 1º ao 5º ano, a diminuição fez com que a cidade registrasse, em 2017, um Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 4,2, ante 4,3 em 2015, em uma escala que vai de 0 a 10.  Os números dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, são ainda piores — de 3,4, em 2015, para 3,2 no ano passado. A meta prevista para o ano era de 4,4 para fundamental menor e de 4,1 para fundamental maior.

Ideb dos anos finais do Ensino Fundamental.

Ideb dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

 Nos anos finais, esta foi a primeira queda sofrida na qualidade do ensino desde que o indicador foi adotado em 2005. Já nos anos iniciais, de 2007 a 2015, entre as administrações dos ex-prefeitos Neném Mourão e Rafael Mesquita, todas as metas estipuladas pelo Mec foram superadas e só agora, em 2017, sob a gestão de Naldo Batista, pela primeira vez o município não atingiu o indicador.

A rede municipal atende 10.366 alunos em 67 unidades públicas de ensino, sendo a maioria das escolas, 58, rural. Faltam bibliotecas e laboratórios.

Com 28.306 habitantes, Buriti tem o menor orçamento de educação per capita do país, praticamente todo vindo Fundeb. Segundo dados de 2015, eram R$ 2.911,94 no ano, o que equivale a apenas R$ 246,66 por mês por aluno para todas as contas da educação. (CLIQUE AQUI E SAIBA MAIS)

O Ideb consiste em um índice calculado a partir da relação entre taxas de rendimento escolar e média de desempenho em português e matemática medidos em uma prova nacional. Divulgado a cada dois anos, o indicador estabelece metas até 2021.

Os números enfraquecem o argumento de priorização da educação.  Não basta investir em pinturas de prédios ou apenas equipar as salas de aula com ar condicionado. É necessário investir na valorização dos profissionais da educação e na formação continuada dos professores, além da adoção da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, que define aquilo que os estudantes da educação básica devem aprender. (A Base já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Educação, em 2017, e as escolas públicas e particulares devem adotar novas referências para seus currículos até início do ano letivo de 2020)

 Os gestores precisam compreender que a educação é a espinhal dorsal para desenvolvimento econômico e para ter melhores cidadãos.

O QUE É O IDEB

O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública, uma espécie de nota. Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho em português e matemática na Prova Brasil, aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio.

O índice é divulgado a cada dois anos e tem metas projetadas até 2021, quando a expectativa para os anos iniciais da rede estadual é de uma nota 6,0. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente as aulas.

ORIGEM DO IDEB

O Ideb foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e é divulgado a cada dois anos. O Ideb divulgado nesta quinta-feira diz respeito ao desempenho das escolas, redes, municípios, estados e Brasil em 2015. O desempenho é comparado com as metas calculadas a partir da primeira edição, em 2005, e projetadas para todas as edições futuras, até o ano de 2021.

Há um indicador calculado para cada nível do ciclo básico: o ensino fundamental I (avaliando os estudantes do 5º ano), o ensino fundamental II (avaliando os estudantes do 9º ano), e o ensino médio (avaliando os estudantes do 3º ano).