CINCO MESES SE PASSARAM E NINGUÉM FOI INDICIADO POR ATAQUE A ÔNIBUS DA CARAVANA DE LULA


Cinco meses depois de um ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido atingido por tiros na PR-473, que liga as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná, ninguém foi indiciado e as investigações não foram concluídas. Responsável pela investigação, a Polícia Civil do Paraná informou, em nota, que foram expedidas cartas precatórias para ouvir testemunhas indicadas em vários locais do país e que, até o momento, não recebeu a resposta de todas, o que "impossibilita a conclusão dos trabalhos".
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado Hélder Lauria, responsável pelas investigações, prefere não dar detalhes sobre o andamento dos trabalhos para não prejudicar as apurações.
O ônibus que fazia parte da caravana foi atingido por dois tiros, de arma calibre 32, que acertaram a lateral e o vidro do lado oposto ao do motorista. Ninguém ficou ferido. Um laudo da Polícia Civil do Paraná, divulgado na época, concluiu que eles foram disparados de um local elevado, atrás do veículo, quando ele já havia passado. O atirador, segundo o laudo, estava a uma distância de cerca de 19 metros e quatro metros acima, o que indica que o atirador poderia estar num barranco à beira da rodovia. A altura do atirador foi estimada em 1m70.
Além dos tiros, os pneus do ônibus também foram furados por "miguelitos" — pregos colocados sobre o asfalto. Em abril, quando laudo foi divulgado, havia informação de que 15 testemunhas tinham sido ouvidas. As imagens das câmeras de pedágio foram requisitadas. Na avaliação feita por Lauria, o ataque foi planejado e o atirador esperou a caravana passar para atirar. “Quem fez isso sabia o que estava fazendo", afirmou o delegado na ocasião. Um segundo ônibus da caravana foi atingido por pedrada.

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