‘Clima de ódio e suspeitas alimentado por
Bolsonaro’, diz o relatório que explica a 107ª posição do País – abaixo de
Hungria e Israel.
Pelo segundo ano
seguido, o Brasil perdeu posições em um ranking de liberdade de imprensa
publicado pela organização Repórteres Sem Fronteiras, que analisa, entre
outras questões, quão plurais são as vozes jornalísticas no País e as possíveis
agressões – físicas e verbais – contra profissionais da mídia.
Na análise sobre o
Brasil, a primeira linha esclarece qual o motivo da 107ª posição que o país
angariou: “clima de ódio e suspeitas alimentado por Bolsonaro”. Foram duas
casas abaixo do que a posição de 2018. O documento destaca que, desde as
eleições, Bolsonaro se alimenta do “discurso de ódio, desinformação,
violência contra jornalistas e desprezo pelos direitos humanos”, o que
iniciou uma “era sombria” na história da democracia e da
liberdade de imprensa no Brasil.
A “concentração
de mídia em grandes famílias” também chamou a atenção do relatório, que
destacou que algumas são “ligadas intimamente à classe política”.
Também foi apontada a perseguição feita à confidencialidade da imprensa em
relação às fontes – uma referência velada à Vaza Jato e às perseguições aos
jornalistas que conduziram a investigação em 2019.
A posição brasileira
é abaixo da observada em países com presidentes autoritários, como a Hungria
(89º), do primeiro-ministro Viktor Orbán, que chegou a aprovar com o parlamento
uma lei que encarcera, por cinco anos, propagadores do que ele classificaria
como “notícias falsas” sobre o coronavírus. Israel, controlada pelo acusado de
corrupção Benjamin Netanyahu, figura na 88ª posição.
No cenário latino, o
Brasil se encontra atrás do Uruguai (19º), Suriname (20º), das Guianas
(49º), Chile (54º), Argentina (64º), Peru (90º), Equador (94º) e Paraguai
(100º), e está à frente apenas da Bolívia (114º), que sofreu um golpe de Estado
recentemente, Colômbia (130º) e da Venezuela (147º).
No topo da lista,
figuram Noruega, Finlândia e Dinamarca, respectivamente. Na ponta, estão a
China, Eritreia e Turcomenistão – o mesmo país que proibiu o uso da palavra
“coronavírus” no meio da pandemia.
Segundo o Repórteres
sem Fronteiras, que faz o citado ranking desde 2002, são considerados o
pluralismo, a independência da mídia, o ambiente midiático e possíveis censuras
internas nas redações, a cobertura parlamentar, a transparência e a qualidade
da infraestrutura que dá apoio à produção de notícias e informações.
“[O ranking] não
ranqueia políticas públicas, mesmo se as medidas governamentais tiverem maior
impacto na posição do país, e não é um indicador da qualidade do jornalismo em
cada País ou região”, destacam.
Da CARTA CAPITAL
Deixe de demagogia, a China que é a segunda maior potência mundial teve uma redução de mais 6% do PIB, o efeito é a Pandemia isso sim.
ResponderExcluirLiberdade de imprensa é noticiar informações tendenciosas, mentirosas, etc. O Brasil é o país onde se tem maior liberdade de imprensa no mundo e onde há o maior número de irresponsáveis como vc, que não estão a serviço da verdade.
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