O 38º presidente do Brasil desde a proclamação da
República, em 1889, tomou posse nesta terça-feira, 1º de janeiro. Eleito pelo
PSL com mais de 57 milhões de votos, o capitão reformado do Exército Jair
Messias Bolsonaro será o sucessor de Michel Temer pelos próximos quatro anos.
No Plenário lotado da Câmara dos Deputados, ele
assumiu oficialmente a Presidência da República e prestou compromisso
constitucional perante o Congresso Nacional:
— Prometo manter, defender e cumprir a
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil — afirmou, conforme determinação da
Carta Magna.
Logo depois, em nove minutos de discurso, Jair
Bolsonaro fez um apelo a senadores e deputados para que juntos eles possam “libertar o país do jugo da corrupção e da
submissão ideológica”.
— Convoco cada um dos congressistas para me
ajudarem na missão de restaurar e reerguer nossa pátria, libertando-a do jugo
da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão
ideológica. Temos diante de nós uma oportunidade única de reconstruir nosso
país e resgatar a esperança de nossos compatriotas. Estou certo de que
enfrentaremos desafios; mas, se tivermos a sabedoria de ouvir a voz do povo,
teremos êxito em nosso objetivo — afirmou.
O combate à criminalidade e ações no campo da economia
também foram citados pelo presidente. Bolsonaro disse que vai levar à economia
a marca da eficiência e do livre mercado. Prometeu que o governo não gastará
mais do que arrecada e garantiu o cumprimento de regras e contratos em vigor.
— Realizaremos reformas estruturantes que
serão essenciais para a saúde financeira e a sustentabilidade das contas
públicas, transformando o cenário econômico e abrindo novas possibilidades.
Precisamos criar um círculo virtuoso para a economia, que traga a confiança para
abrirmos nossos mercados para o comércio internacional, estimulando a
competição, a produtividade e eficácia. Sem o viés ideológico — disse.
Responsabilidade
O presidente do Congresso Nacional, senador Eunício
Oliveira, também discursou durante a cerimônia. Ele lembrou que, embora haja na
República brasileira três Poderes independentes, a Presidência tem um
simbolismo que a torna o centro da maior parte das reivindicações, algo típico
de um país presidencialista em que a população deposita no mandatário a
esperança de mudanças.
Eunício também pediu licença para registrar o que
ele classificou de perseverança política e pessoal de Michel Temer:
— Tenha certeza que Vossa Excelência estará
recebendo um país com diversos ajustes feitos em colaboração com este Congresso
Nacional. Aqui neste Congresso não houve pauta-bomba, nem se deixou qualquer
herança maldita. Houve, sim, muito trabalho para avançar na pauta que era
necessária ao país — afirmou.
Cerimônia
Segundo o Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência, cerca de 12 mil pessoas foram envolvidas nas atividades segurança
e organização do evento. O esquema de segurança foi o maior já montado para uma
posse em Brasília.
A cerimônia de posse começou com desfile pela
Esplanada dos Ministérios, da Catedral até o Congresso, no Rolls-Royce
presidencial, que foi escoltado por motociclistas e pelos Dragões da
Independência. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o filho Carlos Bolsonaro
— que é vereador no Rio de Janeiro — acompanharam o presidente no
conversível.
O Rolls-Royce é um modelo Silver Wraith adquirido
pelo Brasil em 1953 e usado pela primeira vez por Getúlio Vargas. Atualmente o
carro participa dos desfiles de 7 de setembro e de outras datas comemorativas,
como as cerimônias de posse presidencial.
No gramado da Esplanada, o povo, vestido de verde e
amarelo, enfrentou o forte calor para acompanhar o desfile.
Chefes de Estado
De acordo com o Itamaraty, dez chefes de Estado e
de governo participaram da posse do presidente eleito. Os primeiros-ministros
de Israel, Benjamin Netanyahu, e da Hungria, Viktor Orbán; o secretário de
Estado norte-americano, Mike Pompeo; o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo
de Sousa, e o da Bolívia, Evo Morales, estiveram entre os presentes.
O presidente e o vice, Hamilton Mourão, foram
recebidos na rampa do Congresso pelos chefes do Cerimonial da Câmara e do
Senado, que os conduziram até os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do
Senado, Eunício Oliveira. No final da passarela, estavam o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, além de lideranças do Congresso Nacional, que se
juntaram ao grupo.
No Plenário, a solenidade foi aberta às 15h02 pelo
senador Eunício Oliveira. O parlamentar declarou os dois empossados para o
período de 2019 a 2022. Em seguida, o primeiro-secretário do Congresso,
deputado Giacobo, leu o termo de posse, que posteriormente foi assinado pelos
novos presidente e vice.
Encerrada a sessão, cerca de 40 minutos depois, o
presidente, já empossado, desceu a rampa do Palácio do Congresso Nacional,
passou em revista as tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e assistiu
à salva de 21 tiros de canhão. Logo depois, ele seguiu até o Palácio do
Planalto, para receber a faixa presidencial de Michel Temer e discursar para a
multidão que o aguardava na Praça dos Três Poderes.
DIVERGÊNCIA SOBRE O NÚMERO DE PESSOAS A EXERCER A PRESIDÊNCIA
DIVERGÊNCIA SOBRE O NÚMERO DE PESSOAS A EXERCER A PRESIDÊNCIA
Segundo critério adotado pelo jornal Folha de São Paulo, Jair
Messias Bolsonaro se tornou a 42ª pessoa a exercer a Presidência, desde a
Proclamação da República, isso porque o cálculo leva em conta os seis
integrantes de duas juntas militares que assumiram o poder —a primeira na
Revolução de 1930, que depôs Washington Luís, e a segunda em 1969, durante a
doença do general Costa e Silva.
Dos 42 ocupantes do cargo, 19 foram presidentes eleitos diretamente e 7
foram eleitos indiretamente pelo Congresso. Os demais chegaram ao cargo
por diversos motivos: morte, renúncia ou impeachment do titular, além de golpe,
ou revolução, por exemplo.
Júlio Prestes (eleito diretamente em 1930) e Tancredo Neves (eleito
indiretamente em 1985) não são computados, pois não tomaram posse.
A relação não inclui os vices que só assumiram o posto durante ausências
temporárias dos titulares.
Algumas listas consideram Bolsonaro o 38º presidente da República. Nesse
caso, as duas juntas não são consideradas, enquanto Prestes e Tancredo são
incluídos na relação.
Já para a Presidência da República, Bolsonaro é o 44º presidente: a contabilidade inclui
as juntas, Prestes e Tancredo.
Das Agência Senado e FOLHA.
O Lula está preso BABACA!!!
ResponderExcluirO MITO CHEGOU
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