BOATOS GERAM PÂNICO EM SÃO LUÍS APÓS ONDA DE VIOLÊNCIA DENTRO E FORA DE PEDRINHAS

Moradores de São Luís (MA) vivem dia de pânico após rebelião de presos
Comércio fechou as portas e ônibus deixaram de circular no início da noite.
O clima de caos começou após rebelião em complexo penitenciário.
 *Com informações do G1.com
A capital maranhense parecia mais uma cidade fantasma na noite de quinta-feira (10). Dava até para contar as pessoas que saíram às ruas de São Luís. Um pouco mais cedo, a população correu para casa, já que os ônibus, aos poucos, foram deixando de circular. “Estou preocupada porque a gente não sabe se vai chegar em casa mesmo”, diz uma das moradoras da cidade. Às sete e meia da noite, não havia mais transporte coletivo nas ruas. "É cansativo. estressante e não tem ônibus para se locomover e ir para casa. É complicado", reclama outro maranhense.
A iniciativa de recolher os ônibus para a garagem partiu do Sindicato dos Rodoviários e teve o apoio dos empresários do setor. Segundo o sindicato, a decisão foi tomada por causa do clima de tensão que se instalou na cidade desde a noite de quarta-feira (9).
Após a violência brutal na Casa de Detenção (Cadet), que culminou na morte de nove pessoas e deixou 20 pessoas feridas, bandidos atearam fogo em sete ônibus, em diversos bairros, e ainda tentaram incendiar outro no bairro Monte Castelo. As imagens do circuito interno de um deles chegaram a mostrar o momento em que vândalos invadiram e atearam fogo. De acordo com a polícia, os responsáveis são grupos criminosos, ligados aos detentos que se rebelaram no complexo penitenciário depois que foi encontrado um túnel em uma das celas. Nove detentos morreram e 20 ficaram feridos. Na quinta (10), o local foi desocupado.
Na manhã de ontem (10) começou uma onda de boato espalhado pela Grande Ilha deixou ainda mais a população temorosa. A informação dizia que vários arrastões iriam acontecer no Centro, João Paulo, em shoppings, faculdades e escolas.
"Estamos iniciando um mutirão para que, em cinco dias no máximo, a gente consiga consertar não só a casa de detenção e reparar algumas situações dela. Mas criar outras situações de contenção para garantir a integridade dos servidores e dos presos que voltarão para essa unidade", anuncia Sebastião Uchôa, secretário de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão. Com medo de novos ataques, comerciantes fecharam as lojas. Nas escolas e universidades, as aulas foram suspensas.

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