Barbosa
assume e fala em reformas estruturais. "É preciso continuar no esforço do
equilíbrio fiscal e avançar mais nas reformas estruturais de longo prazo"
* Da Agência Reuters/ Brasil 247/Agência Brasil
A
presidente Dilma Rousseff definiu, na tarde desta sexta-feira (18), que Nelson
Barbosa, atual ministro do Planejamento, assumirá a Fazenda, no lugar de
Joaquim Levy.
Ao
longo de 2015, Barbosa e Levy divergiram em vários momentos, porque Barbosa
defendia um ajuste fiscal mais brando. Nesta tarde, o ministro Jaques Wagner,
da Casa Civil, afirmou que a responsável pela política econômica é a presidente
Dilma Rousseff.
Barbosa
era o ministro do Planejamento e vai trocar de pasta com o objetivo de ampliar
o discurso sobre a necessidade de organizar as contas públicas para incluir
também esforços voltados ao crescimento e resgatar a confiança de empresários e
famílias.
O
atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, assumirá o
Planejamento com a ida de Barbosa para Fazenda, segundo a fonte do Palácio do
Planalto.
O
futuro ministro da Fazenda tem uma posição menos radical sobre política fiscal,
ao contrário de Levy, sempre contrário a afrouxamentos.
O
último embate entre os dois aconteceu nos últimos dias, para a definição da
meta de superávit primário de 2016. Enquanto Nelson queria reduzir o objetivo e
abrir a possibilidade de abatimento que, na prática, zeraria a meta, Levy
defendia que ela não deveria ser mexida.
Na
véspera, o Congresso aprovou uma meta menor, de 0,5 por cento do Produto
Interno Bruto (PIB), ante 0,7 por cento defendida por Levy, mas barrou a
possibilidade de descontos, como inicialmente queria o Executivo.
A
ida de Barbosa para o Ministério da Fazenda não agradou os mercados. Ele tem
um pensamento mais alinhado com o da presidente Dilma, desejosa de um discurso
e uma política mais voltados para o crescimento, em meio ao agravamento da
recessão e da crise política. E isso preocupa o mercado.
O novo ministro da
Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou hoje (18), em coletiva realizada no início da
noite no Palácio do Planalto, que os esforços para o ajuste fiscal devem
continuar para estabilizar a economia e promover sua recuperação.
“O
compromisso com a estabilidade fiscal se mantém o mesmo. O volume de cortes e
despesas discricionárias deve atingir R$ 78,5 bilhões. Em 2016, esperamos
gastar o mesmo que gastamos seis anos atrás. Esse fato já mostra o nosso
compromisso [com o ajuste]”, disse Barbosa.
Ele
mostrou otimismo com a retomada do crescimento da economia e frisou a
importância dos ajustes para que isso ocorra. “Estamos em uma fase de transição na economia brasileira, em fase de
ajustes para um novo ciclo de crescimento. Temos adotado também várias medidas
de gestão para otimizar o gasto público. [O trabalho] continua sendo promover o reequilíbrio fiscal. Somente com a
estabilidade fiscal é que teremos um desenvolvimento sustentável”, afirmou
o ministro.
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