COMISSÃO DE IMPEACHMENT: Um terço dos Deputados que vão decidir futuro de Dilma são acusados de corrupção no STF.
Um em cada três deputados que integram a
comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidenta Dilma
Rousseff é investigado por crimes em ações no Supremo Tribunal Federal (STF).
Dos 65 indicados pelos partidos, 34 são acusados de corrupção, apropriação de
recursos públicos, crimes contra a Lei de Licitações, de responsabilidade e o
sistema financeiro.
Paulo
Pereira da Silva (SD-SP) é investigado em três processos de corrupção.
Nilson
Leitão (PSDB-MT) e o deputado federal Wherles Rocha (PSDB-AC).
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Entre
os investigados, 15 já são réus no Supremo: os titulares Washington Reis
(PMDB-RJ), Paulo Maluf (PP-SP), Benito Gama (PTB-BA), Paulo Pereira da Silva
(SD-SP), Junior Marreca (PEN-MA), Édio Lopes (PR-RR), Paulo Magalhães (PSD-BA),
Fernando Torres (PSD-BA), Nilson Leitão (PSDB-MT) e Weverton Rocha (PDT-MA); e
os suplentes Izalci (PSDB-DF), Rocha (PSDB-AC), José Stédile (PSB-RS), Roberto
Góes (PDT-AP) e Marx Beltrão (PMDB-AL).
O
próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que aceitou o pedido de
impeachment, virou réu na Operação Lava Jato. Segundo apurado pelo Congresso em
Foco, ele foi o 57º parlamentar, entre os atuais 513 deputados e 81 senadores,
a virar réu no Supremo.
Caberá
à comissão do impeachment aprovar um parecer recomendando ou não o avanço do
processo contra Dilma. A expectativa de Cunha, acusado de receber propina do
esquema de corrupção da Petrobras, é de que os trabalhos do colegiado sejam
concluídos em 45 dias. O parecer, seja pelo impeachment, seja pelo
arquivamento, terá de ser submetido ao plenário da Câmara. Caso seja aprovado
pelos deputados, será encaminhado ao Senado.
Paulinho da Força tem três processos
Um
dos mais aguerridos defensores do impeachment de Dilma, o deputado Paulo
Pereira da Silva (Solidariedade) é investigado nos inquéritos 2905 e 3901 por
peculato e corrupção passiva. Paulinho da Força, como também é conhecido, ainda
é réu na Ação Penal 965, que apura desvio de recursos do BNDES, desvendado pela
PF na Operação Santa Tereza.
Indicado
para a suplência da comissão pelo PDT, o deputado Roberto Góes (AP) é atualmente
o parlamentar com mais pendências judiciais no Supremo. Ex-prefeito de Macapá e
deputado mais votado de seu estado, ele acumula 13 inquéritos e ações penais
por peculato, crimes de responsabilidade, crimes contra o meio ambiente,
lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsificação de documento público e
crimes contra a Lei de Licitações. O pedetista chegou a passar quase dois meses
preso quando era prefeito, ao ser levado pela Operação Mãos Limpas, da Polícia
Federal, em 2010. Voltou da prisão, em Brasília, para a Prefeitura.
O
deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) também membro da comissão do
impeachment, recebeu dinheiro de empresas investigadas na Operação Lava
Jato na sua campanha eleitoral. Leitão foi o deputado federal mais votado do
estado recebendo R$ 511.550,00 das empresas investigadas. O parlamentar
mato-grossense já manifestou posicionamento favorável ao impeachment da
presidenta Dilma Rousseff (PT).
Maluf na comissão
O
PP, bancada com mais parlamentares investigados na Operação Lava Jato, indicou
o deputado Paulo Maluf (SP), para compor o colegiado. Maluf, que já foi
sinônimo de “roubalheira”, é réu em três ações penais, entre elas, uma
condenação recente na França e um mandado de prisão da Interpol (polícia
internacional), tanto que não pode sair do Brasil sob pena de ser preso.
Outros
quatro deputados do PP que estão na comissão são investigados na Lava Jato. São
eles: Aguinaldo Ribeiro (PB), Roberto Brito (BA) e Jerônimo Goergen (RS),
indicados como titulares. E Luiz Carlos Heinze (RS), relacionado para a
suplência da comissão. Um dos nomes do PT no colegiado, José Mentor (SP) também
é suspeito de receber recursos do esquema de corrupção na Petrobras. Ou seja,
há cinco suspeitos entre os integrantes da comissão do impeachment.
Fonte:
Congresso em foco, R7, Portal Vermelho.
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