Coluna SEXTA DE NARRATIVAS – EU NA TRILHA DO MORRO BURITIENSE SOB NEBLINA

Ontem numa manhã fria, depois de uma tarde-noite de chuva, a nossa conterrânea e amiga Elizabeth Faria, Ex-presidente e devotada eterna Patronesse da AMIB, ao cumprimentar-me, perguntou onde eu encontro tanta inspiração para produzir as minhas NARRATIVAS. Respondi-lhe que conto, canto e choro a nossa Buriti querida e a nossa Gente Linda inspirado aqui neste solo Santo, onde VIVI uma infância bela e sadia, dele nunca me separei e hoje mesmo com muitas impurezas causadas principalmente pela má gestão dos seus últimos Prefeitos, Eu já "andando devagar, porque já tive pressa", voltei a nele Morar e residir, talvez por um desígnio do DEUS dos Cristãos no qual confio e creio, sem dúvida para cumprir a minha jornada terrena.

Trago nesta data como reminiscências um Belo dia e uma aventura fantástica acompanhado de amigos, numa trilha imaginada por mim sobre o maior Morro Buritiense que surgiu desde às nascentes do maravilhoso Riacho Tubi e segue até o também patrimônio da nossa Cidade, o famoso Riacho do Morro, aliás, este sonho real vívido por várias gerações, incluída a minha geração, nasce exatamente neste Morro verdejante que enfeita a principal entrada da nossa Terra AMADA e o seu centro urbano . Já mencionei em texto anterior, que os nossos passeios ao Riacho do Morro eram feitos nos caminhões do seu Osvaldo Faria ou do seu irmão Yoyô Faria. Naquele sábado de outono, como era comum diariamente na época, a neblina estava trazendo aquele friozinho gostoso e aquela espécie de neve linda.

Decidimos, eu, os meus colegas de Grupo Escolar, Chico Rêgo, Antônio Ires, Valmir, Joaninha, Felinto Faria e Cícero(meus colegas de turma), dispensar o Caminhão Gratuito e descobrirmos uma trilha no nosso verdejante Morro REI. Então combinamos no dia anterior e no horário acertado rumamos para os fundos da IGREJA Matriz de SANT'ANA e começamos eufóricos a executar o planejado, subirmos o Morro. Encontramos uma veredinha e por ela iniciamos a caminhada sem muita análise .Erramos, pois fomos sair nas casas da Família Marreca, um mini Povoado próximo à ladeira do Tubi. O Senhor Marreca, nos orientou dizendo que tomássemos como base o rumo do cemitério central e da Casa do Senhor Raimundo Clemente, e chegaríamos aos Minadores no pé do Morro onde nascia o Riacho. Agradecemos a ele e seguimos a sua orientação.

Protegidos e estimulados pela Neblina, nenhum cansaço e com a colheita de Araçás, Muricis e até Maracujás brabos ou maracujás de estalo, a aventura se tornava cada vez mais interessante e bem-sucedida, uma ALEGRIA para todos NÓS, os Aventureiros.

Depois de aproximadamente uma hora e meia, avistamos os minadores de água pura indicados pelo Senhor Marreca e então em uníssono Gritamooos: OLHAAAA LÁ OS MINADOREEES, CONSEGUIMOOOOOOS! Nos abraçamos e demos início a descida, com mais pressa para chegarmos antes do caminhão, que naquele domingo, era o do seu Osvaldo Faria, um GMC verde cana dirigido pelo Saudoso motorista Adonias.

Chegamos, tiramos as roupas com as frutas colhidas, escolhemos os guarda-roupas,(galhos das árvores) e passamos a banhar, o banho mais GOSTOSO do ANO. Quando o Caminhão chegou trazendo os turistas, o espanto dos demais amigos por nos encontrarem já aos mergulhos no Bendito Riacho das nossas VIDAS. Fomos atropelados de muitas perguntas deles que procuravam saber como havíamos chegado ali. Contamos e imediatamente aumentamos o número de parceiros para repetir a Aventura, que se tornou um hábito inesquecível.

Ao término deste texto, fiz uma volta no tempo e vejo que atingi os 33 Degraus da VIDA, o ápice da Carreira Maçônica, em homenagem aos Tinta e Três Anos da VIDA Terrena de JESUS CRISTO. Jamais imaginei ou almejei voltar a ser Criança, todavia senti SAUDADE dessa fase da minha Vida, das NEBLINAS que tornavam o clima buritiense muito AGRADÁVEL, da Paz e da Ternura que envolvia toda a população que era na VERDADE uma FAMÍLIA! Como num relâmpago sem trovoada, vi toda a cidade com aquela beleza e tranquilidade harmônica, as Amendoeiras frondosas e carregadas de amêndoas vermelhas e amarelas com os seus galhos e folhas balançando pelo sopro da brisa vinda das Chapadas e do Morro REI. Contiveeee as Lágrimas com muita dificuldade, meus diletos amigos e IRMÃOS Raimundo Marques e Aliandro Borges.


SOBRE O AUTOR

É buritiense, ardoroso amante da sua terra, deu seus primeiros passos no velho Grupo Escolar Antônia Faria, cursou o Ginásio Industrial na Escola Técnica Federal do Maranhão e Científico no Liceu piauiense e no Liceu maranhense, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito/UFMA, é advogado inscrito na OAB/MA, ativo, Pós-graduado em Direito Civil, Direito Penal e Curso de Formação de Magistrado pela Escola de Magistrados do Maranhão, Delegado de Polícia Civil, Classe Especial, aposentado, exerceu todos os cargos de comando da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, incluindo o de Secretário. Detesta injustiça de qualquer natureza, principalmente contra os pobres e oprimidos, com trabalho realizado em favor destes, inclusive na Comarca de Buriti.



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