Coluna SEXTA DE NARRATIVAS – A VOZ DA LIBERDADE E A VOZ PAROQUIAL, FONTES DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL


Vivíamos a época do Rádio a pilha, da Geladeira a querosene, da Energia elétrica produzida por um Motor que chegava na Praça da Matriz buritiense e nas nossas casas às dezoito horas. Às vinte e uma e trinta o seu CÉSAR, responsável pelo funcionamento da nossa Central Elétrica desligava por um instante rápido, avisando que era hora de acenderem as lamparinas ou os Petromax, e quem estivesse na Praça procurasse o caminho de casa, pois as vinte e duas horas a cidade estaria no escuro. Ainda assim, para toda a população era uma maravilha, um avanço para quem morava na zona urbana da nossa Buriti querida.


Era também um avanço tecnológico a existência de dois Serviços radiofônicos, ou duas Amplificadoras, que enchiam de ALEGRIA a nossa Praça e alcançavam toda a zona central da cidade, que era praticamente do Riacho Tubi ao Cemitério público. Além de alegrarem, funcionavam como Serviço de Utilidade Pública, de CORREIO do CORAÇÃO, pois anunciavam os parabéns e os recados dos casais de Namorados oferecendo músicas entre si, na base do " De Alguém para Alguém com muito amor, que está na Praça de camisa ou de blusa vermelha. Era CHIQUEEEEEEEE!


Eu relembro que a minha primeira participação foi oferecendo a música Ninguém Gostou de Alguém, Como Eu Gosto de Ti, na voz de Orlando Dias, corajosamente de Djalma, para uma MORENA de Saia AZUL. Ela quase desmaia. Essas duas Emissoras de Alegria e prestadoras de Serviços de Utilidade Pública, eram A VOZ DA LIBERDADE do Seu Osvaldo Faria e a VOZ PAROQUIAL da Paróquia Buritiense, que se revezavam. A VOZ DA LIBERDADE no período de campanha eleitoral, fazia a propaganda política dos candidatos apoiados pelo Grupo do seu Osvaldo que era Prefeito de então. Recordo-me de uma campanha em que o Deputado Estadual conhecido por Bastinho (Raimundo Bastos ), um Rábula muito famoso, fazia um discurso inflamado e um grupo de oposicionistas começaram a circular de JEEP, na frente da casa do seu Osvaldo em sinal de intimidação, e esse deputado subiu ainda mais o tom, tendo o grupo entendendo o recado, se retratando do local.

Essas INESQUECÍVEIS Emissoras, algumas vezes ainda promoviam SHOW de Calouros e eu, meu COMPADRE, AMIGO e IRMÃO Chico Rêgo, José Aldir e outros participavam, com o meu irmão Wilson que tocava Violão muito bem e era quem nos acompanhava nesses shows. Hoje eu estava chegando em casa e coincidentemente passava na Rua um Carro de Som anunciando uma festa no interior, com realização de KARAOKÊ e sendo a minha Buriti e a minha Gente Linda a minha principal fonte de inspiração, sentindo SAUDADE da minha infância AQUÍ, no meu TORRÃO SAGRADO, decidi escrever este texto, para mais uma vez Homenagear o meu Amigo e IRMÃO Osvaldo Freire de Faria e o inesquecível Padre Manoel Prestes de Lima, que contribuíram com o desenvolvimento Cultural e Religioso da nossa Terra a quem dedico Simbolicamente o TÍTULO de VULTOS HISTÓRICOS DA CULTURA E DA RELIGIOSIDADE BURITIENSE.

SOBRE O AUTOR

É buritiense, ardoroso amante da sua terra, deu seus primeiros passos no velho Grupo Escolar Antônia Faria, cursou o Ginásio Industrial na Escola Técnica Federal do Maranhão e Científico no Liceu piauiense e no Liceu maranhense, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito/UFMA, é advogado inscrito na OAB/MA, ativo, Pós-graduado em Direito Civil, Direito Penal e Curso de Formação de Magistrado pela Escola de Magistrados do Maranhão, Delegado de Polícia Civil, Classe Especial, aposentado, exerceu todos os cargos de comando da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, incluindo o de Secretário. Detesta injustiça de qualquer natureza, principalmente contra os pobres e oprimidos, com trabalho realizado em favor destes, inclusive na Comarca de Buriti.

Comentários