Coluna SEGUNDA ANÁLISE - O FIM DA JUSTIÇA

 *Por Anaximandro Silva Cavalcanti

O FIM DA JUSTIÇA

 O desfecho para quem comete crime em nosso país são três possíveis: um, ele desaparece, dois, ele é morto, e três, ele é preso. Eu poderia dizer que sou um daqueles que torce pela morte do bandido, mas não vou dizer, sabe por quê? Porque o nosso sistema não prevê a pena de morte, nosso sistema prevê que o criminoso seja devidamente preso, e que ele não seja algemado, porque ele não oferece risco, e logo vai aparecer alguém dos direitos humanos questionando como ele (o criminoso) foi conduzido à viatura, na audiência de custodia, o juiz vai perguntar: o senhor foi bem tratado pela polícia?, eles faltaram com respeito com o senhor?, e ai, ele vai ser conduzido a um cárcere, onde o STF recentemente se posicionou que se estiverem em condições sub-humanas isso implica em redução de regime, e na loucura que nós estamos vivendo no Brasil, ele vai responder em liberdade, e, depois de uns poucos anos, ele recebe um saidão  de natal, um saidão de dia das mães, de dia dos pais, ele passa a ter direito a progressão de regime, e ai a justiça vai por ele na rua.

Vivemos uma total falência da justiça do brasil. O problema é estrutural, enquanto não pararem de tratar bandido como vítima, o problema não vai acabar, o que se busca é a proteção do marginal, então o brasileiro está em uma sensação de insegurança, nós temos um cenário de insegurança pública irremediável, ou se reseta todo o sistema penal do Brasil, ou nós seremos reféns da violência para sempre.

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