Coluna SEXTA DE NARRATIVAS – A ESCOLA E A FAMÍLIA DE OUTRORA, HOJE DESTRUÍDAS

Em todo o meu Caminhar terreno sempre usei como padrão comportamental o aprendizado que recebi dos meus pais e das minhas respeitáveis e inesquecíveis professoras do Curso Primário de Cinco Anos do Saudosíssimo Grupo Escolar Antonio Faria na minha Buriti querida cuja FARDA eu me orgulhava de usar. Eu sentia que aquela Farda era um símbolo à vista de todos e impunha um respeito perante aqueles que me fitavam quando eu estava vestido nela.

A nossa vida escolar daquela época tinha um acompanhamento documentado e certificado o mês inteiro, ano após ano através de uma Caderneta que era preenchida pelas professoras e recebia o ciente dos pais todos os finais de mês. Mesmo fora da Escola, éramos acompanhados pelas professoras a quem rendíamos obediência e respeito e de quem recebíamos a Proteção se houvesse necessidade. Havia uma parceria harmônica entre os pais e a Escola tão sólida, que era quase impossível haver erro por parte do alunado e se houvesse era prontamente corrigido pelos dois parceiros, Escola e Família.

Orgulho-me de pertencer a uma geração de Cidadãos e Cidadãs de bem, de consciência do dever cumprido sempre.

Hoje vemos uma Escola arruinada em decorrência de ter perdido a colaboração da Família, isto é, a Família já não é parceira, ao contrário exige que a escola sozinha assuma a função de educar e formar, cria os filhos dando o melhor que pode a eles sem exigir a responsabilidade deles, não educam, querem que a escola assuma a total missão de educar e formar simultaneamente as crianças e adolescentes que seriam em tese, aqueles cidadãos de Outrora.

Ledo engano. E o que constatamos é o desmoronamento total das duas instituições, moral e educacional, por irresponsabilidade da FAMÍLIA. Existem escolas deficientes sim, todavia não é a regra geral. Existem mesmo no setor público, escolas de nível bons e ótimos, entretanto com raríssimas exceções, a Família abandonou o seu dever de parceria, tornou-se omissa criminosamente e ainda há tempo de reassumir o seu papel vital para salvar os seus filhos e a Escola, porque a persistirem lenientes, nunca mais retornaremos ao Status quo ante, isto é, A ESCOLA E A FAMÍLIA DE OUTRORA, HOJE DEMOLIDAS é o que teremos permanentemente.


SOBRE O AUTOR

É buritiense, ardoroso amante da sua terra, deu seus primeiros passos no velho Grupo Escolar Antônia Faria, cursou o Ginásio Industrial na Escola Técnica Federal do Maranhão e Científico no Liceu piauiense e no Liceu maranhense, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito/UFMA, é advogado inscrito na OAB/MA, ativo, Pós-graduado em Direito Civil, Direito Penal e Curso de Formação de Magistrado pela Escola de Magistrados do Maranhão, Delegado de Polícia Civil, Classe Especial, aposentado, exerceu todos os cargos de comando da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, incluindo o de Secretário. Detesta injustiça de qualquer natureza, principalmente contra os pobres e oprimidos, com trabalho realizado em favor destes, inclusive na Comarca de Buriti

Comentários

  1. O texto narrativo é um exemplo, hoje está sendo feito pelos pais está forma que não se faz mais a parceria entre escola e família, infelizmente o que vemos nos dias de hoje a falta de responsabilidades dos pais para com a educação de seus filhos infelizmente não fazem é só cobram como se a escola fosse responsável pela educação familiar e formação de caráter sozinha...

    ResponderExcluir
  2. Muito bem elaborado o texto sobre escola e família, me fez mergulhar em uma saudade dos meu tempos de primário no Antônio Faria Buriti Maranhão,na minha época a diretora era dona Berenice.
    Ali o respeito reinava e a família era parceira da escola. Precisamos lutar para que essa parceria retorne.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O comentário não representa a opinião do blog; a responsabilidade é do autor da mensagem. Ofensas pessoais, mensagens preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, ou ainda acusações levianas não serão aceitas. O objetivo do painel de comentários é promover o debate mais livre possível, respeitando o mínimo de bom senso e civilidade. O Redator-Chefe deste CORREIO poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.