Coluna SEXTA DE NARRATIVAS – QUEM INVENTOU O AMOR NÃO FUI


Mas há a VIDA que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem de ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata, segundo a célebre escritora Clarice Lispector. E antes de ter iniciado o meu período de aprendizagem da leitura, eu já detestava gaiolas, alçapões e arapucas ou qualquer outra armadilha para aprisionar animais e pássaros. Eu me deliciava com eles soltos, os bem-te-vis, os guriatãs, os vim-vins, os sabiás, os juritis, as siriemas, os Jacus e os Rouxinóis, este em especial por ter sido o tema de uma redação da minha Filha Primogênita Karoline com tarefa escolar, pois quando garota ela pediu-me para ajudá-la.

Coincidência ou não, no momento em que ela falou comigo sobre esse trabalho, um Casal de Rouxinol que morava no beiral da nossa casa, começou a cantarolar. Veio-me então a ideia do título: O Rouxinol do Meu Quintal. Ela concordou imediatamente e eu comecei a ditar o texto. Ao final, ela abraçou-me e agradecida gritou: Papaaai, o Senhor é MASSAAAAAA! Emocionei-me, mesmo sem entender aquele vocábulo novo, que só depois vim a saber que era Maravilhoso, Espetacular, Bacana. Depois de apresentado o trabalho, novamente, ao chegar do serviço à noite, ela estava a esperar-me com o caderno na mão e repetiu: PAPAAAAAI, o Senhor é MASSAAAA, olha aqui a minha nota, DEEEEZ! Contive as lágrimas emocionado com a demonstração de agradecimento dela e a abracei parabenizando-a feliz por sentir que naquela Criaturinha, corria o sangue do meu Sangue e já medrava o Amor filial e o sentimento de Gratidão.

Prossegui o meu CAMINHAR, cultivando o Amor em toda a sua inteireza e plenitude e convencido de que só ele constrói amigos, saúde, bem-estar humano e social, desenvolvimento mental e CURA muitas doenças, até MALOIADO, como dizia a minha inesquecível CONTADORA de Histórias de Trancoso, Domingas Cassiano, a VOÍNGA. Karoliny hoje é Jornalista profissional e Bacharel em Direito, comandando a sua Vida, pois no linguajar da minha avó Constância Passos, "já ganha o suficiente para comprar os Agafes e as Presilhas", embora saiba que os trocadinhos do agora PÁPIS, como sou carinhosamente tratado per ela e pela minha Caçula Allinne, estarão sempre à disposição delas e dos meus Netos, Carlos Filho e Yasmin, considerando-se o que dizia a minha saudosa Mãe, que o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus, não vale nada.

Este Novo Ano, começamos muito bem, participando do Festejo de São Sebastião, padroeiro de Barro Branco, onde desde o meu primeiro contato com os seus habitantes percebi uma sintonia de Harpas tocadas por Anjos Divinais no que diz respeito às amizades que consegui com sua gente Linda e Hospitaleira. Sem surpresa, tenho até um grande e querido amigo que é DIVINO, com quem troco o meu primeiro abraço logo que chego lá, onde eu chamo ardorosamente de RECANTO PREDILETO. Meus queridos leitores e meus incentivadores desta Coluna e meu querido Irmão e Amigo Raimundo Marques, que me prestigia e me emociona, recebam o meu Abraço fraterno e agradecido por me estimularem a escrever e os AMAAR, pois segundo Nana Caymmi, QUEM INVENTOU O AMOR NÃO FUI EU.


SOBRE O AUTOR

- É buritiense, ardoroso amante da sua terra, deu seus primeiros passos no velho Grupo Escolar Antônia Faria, cursou o Ginásio Industrial na Escola Técnica Federal do Maranhão e Científico no Liceu piauiense e no Liceu maranhense, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito/UFMA, é advogado inscrito na OAB/MA, ativo, Pós-graduado em Direito Civil, Direito Penal e Curso de Formação de Magistrado pela Escola de Magistrados do Maranhão, Delegado de Polícia Civil, Classe Especial, aposentado, exerceu todos os cargos de comando da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, incluindo o de Secretário. Detesta injustiça de qualquer natureza, principalmente contra os pobres e oprimidos, com trabalho realizado em favor destes, inclusive na Comarca de Buriti.

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