Coluna SEXTA DE NARRATIVAS - OS MEUS AMIGOS DILETOS E DÁDIVAS DIVINAS

Ouvi muito o meu avô paterno e o meu pai dizerem que mais valia um amigo na praça do que dinheiro na caixa ao se referirem às Amizades verdadeiras e não às aparentes. Segui os meus passos e apoiei-me sempre nesse aprendizado, todavia sem imaginar com quantos senões iria me deparar no meu CAMINHAR TERRENO. Hoje eu sei que foram muitos. Passei a gostar de   poesia, e seguindo Carlos Drummond de Andrade, "Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo..."

Seguia meu VIVER contente, na certeza de que tinha muitos Amigos até descobrir "que há pessoas que criam regras que não cumprem, impõem comportamentos que não têm, esperam o respeito que não dão e ditam princípios que não seguem." Descobri também que o verdadeiro amigo jamais compete para ser melhor do que você. Lendo Clarice Lispector, aprendi finalmente que - Plantou amor e não floresceu? É porque a terra não era fértil...Não desperdice mais sementes, plante em novos campos.

Amanheci hoje com este tema na minha mente e fiz uma análise percuciente sobre a possibilidade de contar quantos amigos eu tenho e descobri com muita Alegria, que eu sempre estive correto na minha avaliação, isto é, tenho poucos amigos.

Fiquei mais contente e muito Feliz por ter a certeza que esses pouquíssimos amigos são os verdadeiros, que estão em Reciprocidade comigo na Alegria, na Tristeza, nas Vitórias, nas Derrotas e sempre  valorizando o meu trabalho, seja  como profissional, seja no esforço que faço para colaborar com o Crescimento da nossa ACADEMIA  BURITIENSE DE ARTES, LETRAS E CIÊNCIAS, da qual faço parte na condição de membro fundador, produzindo conteúdo para destacá-la na História Cultural da nossa Buriti querida. Esses me são fiéis e recebem a minha fidelidade e agradecimento eterno por serem de fato OS MEUS AMIGOS DILETOS E DÁDIVAS DIVINAS.



Comentários

  1. 1. Individualidade e Diversidade:

    Assim como um caleidoscópio, a verdadeira amizade reflete a INDIVIDUALIDADE de cada ser. Em suas cores vibrantes, reside a beleza da diferença, a riqueza da troca e a força da união. Mais do que um mero AMONTOADO de indivíduos, a amizade é um organismo vivo, em constante mutação e crescimento.

    2. Reciprocidade e Respeito:

    Ao contrário da metáfora simplista do amor que não vingou, a amizade floresce em solo fértil, nutrida pela reciprocidade, respeito e admiração mútua. As raízes se entrelaçam, criando uma base sólida que resiste às INTEMPÉRIES da vida.

    3. Acolhimento e Aprendizado:

    A verdadeira amizade reconhece a inteligência e sabedoria presentes em cada ser, criando um espaço de acolhimento e aprendizado mútuo. É um ambiente onde o ORGULHO e a ARROGÂNCIA não têm vez.

    4. Qualidade dos Laços:

    Dizer que se tem "poucos amigos" pode ser um clichê que esconde a insegurança e o medo. A verdadeira amizade não se define pela quantidade, mas sim pela qualidade dos laços que unem as pessoas. Um único amigo verdadeiro vale mais que uma multidão de conhecidos superficiais.

    5. Celebração da Individualidade:

    Longe de ser falsa modéstia, a valorização da individualidade reconhece a importância de cada ser em sua totalidade. É celebrar as diferenças, as conquistas e a beleza que reside em cada pessoa.

    6. Uma Jornada Infinita:

    Assim, a verdadeira amizade se revela como uma jornada eclética, repleta de nuances e infinitas possibilidades. É um caminho de descobertas, aprendizado e crescimento mútuo, onde cada indivíduo é valorizado em sua totalidade.

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  2. O texto NÃO fornece detalhes sobre as experiências negativas do autor com amizades, o que dificulta a compreensão das situações e a identificação com o leitor, além de apresentar uma visão dicotômica da amizade, dividindo as pessoas em "amigos verdadeiros" e "falsos amigos", sem considerar a complexidade das relações interpessoais. Deve-se reconhecer que a amizade é um espectro, com diferentes níveis de proximidade e reciprocidade.

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  3. Sempre com muita perfeição suas narrativas

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  4. Djalma Passos é esse ser humano fantástico que com sua sapiência, experiência e percepção aguçada, observa tudo a sua volta, no ambiente e brinda amigos e "gente do bem" com uma pérola literária, afagando o coração de sua legião de admiradores. Contar com a amizade de Djalma, é ser privilegiado com uma grande benção, rara de acontecer.

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  5. A sombra da Ditadura Militar brasileira (1964-1985) paira sobre a história do país, marcando-a com censura, repressão e violações dos direitos humanos. Nesse contexto sombrio, a literatura surge como um farol de resistência e defesa da liberdade de expressão.

    Através de suas obras, Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector, cada um à sua maneira, registraram os horrores do regime e defenderam a importância da livre expressão artística.

    Parafraseando São Tomás de Aquino: o maior ato de AMIZADE que se pode ter por uma pessoa é lhe dizer a VERDADE: a Justiça brasileira evitou o retorno do despotismo. E cito como é cruel a ditadura, segundo esses dois escritores de expressão:

    Em seu poema "Em Cinza Enxovalhada", Drummond tece uma crítica contundente à censura imposta pelo regime militar. A metáfora da "cinza enxovalhada" representa a opressão que sufocava a sociedade brasileira, enquanto a "voz que se cala" simboliza a censura que silenciava os críticos do regime. Através da poesia, Drummond faz um chamado à resistência e à luta pela liberdade de expressão.

    Em seu livro "A Hora da Estrela", Clarice Lispector explora a temática da alienação e da desumanização, presentes na sociedade brasileira sob a Ditadura Militar. A personagem Macabéa, com sua vida precária e sem perspectivas, representa a massa marginalizada e silenciada pelo regime. Através da literatura, Clarice denuncia a desumanização provocada pela repressão e a necessidade de defender a individualidade e a liberdade.

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