O juiz da Vara Única de Buriti decretou a
prisão preventiva do guarda civil municipal Josenilson de Lima da Conceição,
conhecido como “GCM Lima”, que matou o
secretário municipal de Infraestrutura, Antônio José Ferreira da Silva, o
popular Toinho Francês, de 52 anos. O crime ocorreu na manhã de 14 de agosto de
2025, em plena Avenida Candoca Machado, centro da cidade, gerando grande
repercussão social.
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Agente GCM Lima que matou o secretário de Infraestrutura de Buriti-MA |
De acordo com os autos, que o Correio
Buritiense teve acesso com exclusividade, a vítima conduzia uma motocicleta
quando foi abordada pelo guarda municipal durante o que seria uma fiscalização
de trânsito. As imagens de uma câmera de segurança mostram, no entanto, que o
guarda não estava no local da agressão e sim do outro lado da avenida, num
portão de entrada para acesso à uma escola estadual, quando ele percebe a
vítima fazendo uma manobra de contramão e então sai correndo para
interceptá-lo. Testemunhas relataram que houve discussão acalorada e agressões
mútuas. Em seguida, o agente sacou uma pistola calibre .40 e disparou contra o
secretário, atingindo-o no peito. Toinho Francês chegou a ser socorrido ao
Hospital Municipal Benedito Machado, mas não resistiu aos ferimentos.
A arma do crime foi apreendida – uma pistola
Taurus PT140 G2, de uso restrito, com nove munições intactas. Imagens de
câmeras de segurança anexadas ao processo confirmam a dinâmica do fato.
A
Investigação
Segundo o auto de prisão em flagrante lavrado
pelo delegado Jesimiel Alves da Silva, o próprio acusado se apresentou minutos
depois à 2ª Companhia da Polícia Militar de Buriti, confessando o disparo. Ele
entregou a arma e relatou que teria agido após ser agredido fisicamente pelo
secretário. Ainda assim, o delegado representou pela conversão da prisão em
flagrante em prisão preventiva, destacando a gravidade do crime cometido por um
agente público armado, em via movimentada e diante de diversas testemunhas.
Depoimento
do Guarda
No depoimento colhido pela polícia, Josenilson
declarou que estava escalado para prestar apoio a um evento de gincana escolar
e à fiscalização do trânsito na região quando teria visto Toinho Francês
conduzindo uma motocicleta na contramão e sem capacete. Ele afirmou que tentou
fazer a abordagem, colocando a mão sobre a motocicleta e orientando que o
secretário retornasse, mas que teria sido ofendido verbalmente e informado de
que não era polícia para dar ordens.
Segundo a versão apresentada pelo guarda, após
a breve discussão ele teria recebido um tapa no rosto, o que o levou a sacar a
arma e efetuar um disparo. O agente alegou que não pretendia atingir a vítima,
mas apenas efetuar um disparo de advertência, e que só percebeu o ferimento ao
secretário depois do ocorrido.
Ainda de acordo com seu depoimento, questionado
por que não utilizou a tonfa que portava como instrumento não letal, ele alegou
que não teria lembrado de que estava com ela no momento da confusão. Ele também
disse que correu ao hospital para pedir socorro logo após o disparo,
enfatizando que nunca havia tido desentendimentos anteriores com o secretário e
que agiu por medo, sentindo que sua integridade física estaria em risco.
O acusado acrescentou ainda que lamentava o
ocorrido e que acreditava que, se tivesse havido uma conversa tranquila e se
não tivesse sido agredido, a situação poderia ter sido resolvida de outra
forma. Cabe destacar, porém, que as imagens de uma câmera instalada na frente
do Hospital contradizem essa versão, revelando que o secretário teria sido agredido
primeiro no rosto e logo em seguida saiu da moto e revidou, momento em que foi fatalmente baleado no peito.
Decisão Judicial
O Ministério Público manifestou-se favorável à
manutenção da prisão, argumentando que a liberdade do acusado colocaria em
risco a ordem pública e poderia comprometer as investigações.
Na audiência de custódia, realizada em 15 de agosto, o juiz acatou o pedido e converteu a prisão em preventiva, apontando elementos suficientes de autoria e materialidade, além do risco concreto de abalo à paz social. O magistrado ressaltou ainda que o crime foi cometido com qualificadoras de motivo fútil, meio que dificultou a defesa da vítima e uso de arma de fogo de uso restrito, todas previstas no artigo 121, § 2º, do Código Penal, caracterizando crime hediondo, o que pode render de 12 a 30 anos de cadeia.
Assim, Josenilson de Lima da Conceição
permanece custodiado à disposição da Justiça no sistema prisional, enquanto
prossegue a instrução criminal.
Repercussão
A morte de Toinho Francês, ex-vereador, figura
conhecida da política local e secretário de confiança da gestão municipal,
causou forte comoção em Buriti. A Prefeitura decretou três dias de luto
oficial. O caso expôs também fragilidades na atuação da Guarda Civil Municipal
e levantou questionamentos sobre o preparo e a atuação de agentes de segurança no trato
com a população.
Vagabundo tem que pegar é prisão perpétua e todos os dias tomar uma descarga elétrica. Desculpa meu desabafo leitores do CB. =Triste
ResponderExcluirParabéns para Justiça de Buriti-MA, em decretar a prisão do !CRIMINOSO" que mantou o Sr.Toinho Frânces. Está faltando prender também a Policial Militar que Matou um Jovem Bairro do Bacuri , de forma covarde igualmente a morte do Toinho Frânces.
ResponderExcluirEsse vagabundo tem que pagar pelo o que fez e não com cadeia e sim executado pela sociedade
ResponderExcluirFico me perguntando:
ResponderExcluir1. Como um GCM presta apoio a uma gincana e ao mesmo tempo fiscaliza o trânsito? Basta ver que para fazer a abordagem ele deixou a escola completamente desassistida.
2. Como ele estava destacado para fazer a fiscalização de trânsito se bem embaixo do seu nariz tinha um veículo estacionado na frente de guia rebaixada, além de várias pessoas transitando em motocicletas sem capacete?
3. Como se dá um tiro de advertência mirando no peito da pessoa? Tiro de adverténcia é dado para cima, evitando atingir inocentes. Assistindo o vídeo dá a impressão de que se o disparo não tivesse acertado o secretário provavelmente atingiria as pessoas que estavam no bar.
4. Como o agente de segurança "esquece" que está de posse de um instrumento não letal? O instrumento não letal está ali justamente para estas situações.
5. Como justificar um tapa em resposta a uma ofensa verbal? E como justificar um tiro no peito de uma pessoa desarmada em resposta a um tapa no rosto
(revidado)?
este bandido não pode ser chamado de Guarda Civil Municipal porque estar ofendendo a categoria, ele foi correndo para executar o Toinho Frances, qualquer advogado ver isso, e consegue apena máxima para esse bandido.
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