Brasil está
classificado em 2° lugar no ranking dos países mais perigosos da América Latina
para exercer atividade jornalística, ficando atrás, apenas, do México. No
ranking mundial, o Brasil fica em 104ª, entre 180 países.
A organização
Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou na última segunda-feira (15) um balanço
com o número de jornalistas mortos no mundo desde os Jogos Olímpicos de
2012. O Brasil está classificado em 2° lugar no ranking dos países mais
perigosos da América Latina para exercer atividade jornalística, ficando atrás,
apenas, do México. No ranking mundial, o Brasil fica em 104ª, entre 180 países.
Conforme o
estudo, entre os anos de 2009 e 2014 houve um aumento no índice de violência
contra jornalistas, somando 321 o número de jornalistas vítimas de ações
violentas no mundo.
Em 2012, por
ocasião dos Jogos Olímpicos de verão, em Londres, havia uma média de 22
jornalistas mortos de forma violenta no Brasil. O aumento de assassinatos de
profissionais de imprensa começou em 2010. Três anos depois, em 2013, a
violência contra jornalistas aumentou por conta das manifestações contra o
governo. Os jornalistas que cobriam os eventos eram alvos da polícia e, muitas
vezes, atacados pelos próprios manifestantes.
Segundo
a Associação Brasileira de
Jornalismo Investigativo (ABRAAJI), em 2014, durante a Copa do Mundo da
FIFA, houve um total de 190 casos de agressão, envolvendo 178 profissionais.
A campanha Some
wins don’t deserve medals (Algumas vitórias não merecem medalhas)
visa debater assuntos relacionados à violência contra jornalistas, chamando
atenção para propostas fundamentais dentro e fora do jornalismo. De acordo com
a Repórteres Sem Fronteiras, muitos
jornalistas morrem por estarem investigando casos ligados à corrupção, à ordem
pública e ao crime organizado.
Repórteres
sem Fronteiras é uma organização não governamental criada na França por Robert
Ménard, Rony Brauman e Jean-Claude Guillebaud, em 1985, com a finalidade
de defender a liberdade de imprensa no mundo. A sede da RSF é em Paris.
*Da Revista Fórum
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