PETISTA CONQUISTOU 51,64% DOS VOTOS, ENQUANTO AÉCIO NEVES (PSDB) OBTEVE
48,36%
NO TOTAL ABSOLUTO FORAM POUCO MAIS QUE 54,5 MILHÕES DE VOTOS.
*Com informações da Revista Carta Capital e de Leonardo Attuch
é fundador e editor-responsável pelo 247
Na mais acirrada
disputa pelo Palácio do Planalto desde o segundo turno de 1989, a presidenta
Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo, derrotando o rival Aécio Neves
(PSDB). Com 100% das urnas apuradas, a petista conquistou 51,64% dos votos no segundo turno deste
domingo 26, contra 48,36% obtidos pelo
senador tucano.
Dilma Rousseff
conquistou mais votos que Aécio Neves nos estados de Minas Gerais, Maranhão,
Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí. Já Aécio Neves venceu
nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Roraima e no Distrito
Federal. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o percentual
de abstenção foi de 21,03%. Aécio e Dilma protagonizaram uma campanha de
segundo turno marcada por uma intensa troca de acusações.
Raras vezes,
na história da humanidade, um país se deixou cegar tanto pelo ódio político,
pela intolerância e pela mentira, sendo tão vilipendiado por sua própria elite.
Agora, que as eleições acabaram, relembre: o Brasil é exemplo global no combate
à fome, tem a menor taxa de desemprego de sua história, uma nova classe média
pujante, que adensa um dos maiores mercados de consumo de massa do mundo, e uma
presidente revigorada pela vitória nas urnas; além disso, está prestes a se
tornar um dos grandes produtores globais de petróleo, não há descontrole
inflacionário e os ajustes necessários na economia são bem menos severos do que
se apregoa; por último, mas não menos importante, o Brasil NÃO é bolivariano.
O Brasil amanhece,
nesta segunda-feira, não muito diferente do que foi nos últimos dias, semanas e
anos de governo Dilma – uma aposta renovada pelo eleitor brasileiro para os
próximos quatro anos. O desemprego continua a ser um dos mais baixos da história,
a inflação não está fora de controle e transformações estruturais, como o
avanço na exploração do pré-sal, continuam em curso.
No entanto, raras
vezes, na história da humanidade, um país foi tão vilipendiado e rebaixado por
sua própria elite. Como jamais se viu, uma sociedade se permitiu cegar pelo
ódio político, pela intolerância e pela mentira. Para citar apenas um caso, o
dirigente de uma consultoria financeira lançou um livro intitulado "O Fim
do Brasil", profecia que se realizaria em caso de reeleição da presidenta
Dilma. A julgar por seu catastrofismo, que foi levado a sério por alguns
agentes do mercado financeiro, esta segunda-feira seria o "dia em que a
terra parou", como diria Raul Seixas.
No entanto, basta
abrir os olhos – sim, abrir os olhos, após a cegueira e a histeria das últimas
semanas – para enxergar uma realidade bem diferente. O Brasil fechará o ano com
a inflação dentro dos limites da meta pelo décimo ano consecutivo, com uma
dívida interna estável, embora a situação fiscal seja menos confortável do que
no passado, e com uma população que volta a confiar no futuro – este, um dos
dados mais importantes das últimas pesquisas. Quando as pessoas acreditam que
irão manter seus empregos e seu poder de compra, o motor do consumo e do
crédito se mantém ligado e a pleno vapor.
Se há a necessidade
de ajustes na economia, eles já são reconhecidos pelas autoridades, em
Brasília. Especialmente em alguns setores, como o do etanol, que foi
prejudicado pela contenção dos preços dos combustíveis e será beneficiado com a
volta da Cide – um imposto que tornará o álcool mais competitivo na bomba. A
boa notícia é que os ajustes necessários são bem menos severos do que se
apregoa – 2015, ao contrário do que muitos imaginam, não será o ano da
catástrofe anunciada.
Passadas as
eleições, é também a hora de superar antagonismos, divisões e retomar o
diálogo. Em vez de enxergar o copo meio vazio, é hora de encarar a metade
cheia, repleta de avanços. O Brasil é hoje reconhecido pelas Nações Unidas como
exemplo global no combate à fome e às desigualdades sociais. É também um país
montado num caminhão de reservas internacionais, capazes de amortecer qualquer
crise internacional. E que, com sua nova classe média, possui um dos maiores
mercados de consumo do mundo, que irá continuar recebendo investimentos por
muitos e muitos anos.
Se isso não
bastasse, o pré-sal, de onde se extraem mais de 500 mil barris de petróleo/dia,
já não é mais uma promessa. É realidade concreta e palpável. Aliás, se o Brasil
foi rebaixado e vilipendiado por sua elite, que daqui extrai suas fortunas, o
que dizer, então, da Petrobras? Relatórios das agências internacionais de
energia, feitos por quem realmente entende do setor, a apontam como uma das
empresas de maior crescimento projetado para os próximos anos. Depois dos
investimentos, virá a colheita. E o Brasil, que viveu agudas crises no balanço
de pagamentos no passado, em razão de sua dependência energética, tem tudo para
se transformar num dos grandes exportadores globais de petróleo – como já é no
setor de alimentos.
Dilma venceu as
eleições porque, em algum momento, os eleitores – e não apenas os supostamente mal
informados, como diria FHC – se deram conta de que a propaganda negativa não
correspondia à realidade. Será mesmo que o Brasil dos novos aeroportos, das
usinas do Rio Madeira e da hidrelétrica de Belo Monte é mesmo "um
cemitério de obras inacabadas"? Aliás, o que aconteceu com o apagão
elétrico previsto no início de 2014? E a Copa do Mundo? Por onde andam os
arautos do #naovaitercopa? Se tiverem bom senso, depois de o Brasil ter
realizado a melhor de todas as Copas – fato que, infelizmente, ficou ausente da
campanha eleitoral – não farão o mesmo discurso terrorista em 2016, ano dos
Jogos Olímpicos.
O Brasil que emerge
dessas eleições também tem uma possibilidade única de enfrentar a corrupção.
Depois de tantos escândalos, todos eles associados ao financiamento privado de
campanhas políticas, o País se vê diante da oportunidade histórica de aprovar a
reforma política, tornando as disputas eleitorais menos dependentes do poder
econômico. E a presidente Dilma, sem uma reeleição pela frente, e reconhecida
como honesta por seus próprios adversários, é a pessoa ideal para levar esse
desafio adiante. "Estou pronta a
responder a essa convocação. Sei do poder que cada presidente tem de liderar as
grandes causas populares. E eu o farei", disse ela ontem, em seu
discurso da vitória. Um discurso preciso – e de arrepiar.
Por último, mas não
menos importante, há que se dizer com todas as letras. Apesar de toda a
histeria e toda a estridência dos nossos neoconservadores, o Brasil não é
bolivariano. Aliás, o próprio PT é um partido que, há muitos anos, fez uma
escolha. Optou pelo caminho democrático – e não revolucionário. O Brasil é um
país capitalista, que respeita a propriedade e os contratos, e que, neste
caminho, promove a inclusão social. Aliás, a aposta na radicalização interessa
apenas a pequenos grupelhos, que se alimentam do discurso do ódio. A estes,
basta dizer que Miami é logo ali. À verdadeira elite brasileira, comprometida
com o País, o que importa é seguir adiante, com mais igualdade e liberdade.
Como diria Eduardo
Campos, não vamos desistir do Brasil. Até porque, depois de tantas mentiras e
ataques, o Brasil ficou barato. É hora de comprar Brasil!
O lula é que nem o nenen mourao quanto mais roba mais o povo gosta kkkk
ResponderExcluirEsse povo do nordeste, só vivi do bolsa família
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