STARTUP CONGELA CABEÇAS PARA RESSUSCITAR PESSOAS NO FUTURO; Conheça as principais tecnologias que prometem vida (mais) longa ao ser humano
Viver o máximo
possível - com saúde e sanidade - certamente é um dos grandes sonhos da
humanidade. De mãos dadas, ciência e tecnologia caminham neste caminho com a
proposta de oferecer soluções para estender sua permanência na Terra; vivo! As
ideias ainda parecem um pouco distantes da nossa realidade: congelar pessoas ou
somente suas cabeças! É difícil imaginar, mas acredite, já tem muita startup
mundo afora oferecendo coisas mirabolantes para você ultrapassar os 100…200
anos de vida. Já pensou?!
O QUE JÁ
EXISTE
As
principais novidades seguem na teoria da criogenia; o congelamento de corpos para tentar ressuscitá-los
no futuro. Um dos exemplos mais difíceis de que acreditar que alguém apostaria
é a hipótese de congelar apenas sua cabeça e para depois reimplantá-la em um
corpo qualquer.
CONGELE SUA
CABEÇA
No Arizona,
nos Estados Unidos, a empresa Alcor Life
Extension já trabalha com criopreservação de humanos desde os
anos 80. Mas a novidade é congelar apenas sua cabeça; isso mesmo, o órgão é
retirado após a morte e mantido no nitrogênio líquido. A esperança é de que no
futuro ela possa ser reimplantada e trazer você de volta à vida através de
novas tecnologias que sequer foram imaginadas ainda. É preciso ter coragem…e
dinheiro. A empresa cobra US$ 200.000 (R$ 758 mil) para congelar um corpo
inteiro e US$ 80.000 (R$ 302 mil) só para a cabeça.
NÃO ESPERE
MORRER
Outros
métodos mais novos nesse mercado permitem começar a prolongar sua vida desde
já, sem a necessidade de “se desligar” agora. Fundada em 2017, a Life Biosciences, uma
holding de seis startups focadas no desenvolvimento de tecnologias e
medicamentos para combater o envelhecimento humano, entrou nesse meio para
promover a longevidade e encontrar tratamentos para doenças relacionadas à
idade. Ela usa novos conceitos como o aprendizado de máquina e a inteligência artificial para aprimorar seus processos e
técnicas de Senescência Celular – o período que as células ficam mais velhas –
e Alterações Epigenéticas – que mudam a sequência do DNA. Segundo eles,
“envelhecer não é um mistério, já que pode ser entendido e superado”.
Recentemente,
a startup Ambrosia ganhou popularidade ao oferecer uma espécie de transfusão de
“sangue jovem” com a promessa de rejuvenescer seus pacientes. No entanto, com
menos de três anos de atuação, a ela foi obrigada a suspender seu tratamento
"milagroso" após uma advertência da agência reguladora de saúde dos
EUA.
Existem
diversas técnicas que prometem prolongar nossa existência por aqui.
Recentemente, o que chamou atenção foi a metformina, uma droga usada para
tratar diabetes que, segundo alguns pesquisadores, pode ser utilizada para
evitar câncer e demência.
QUEM BANCA
ESSA HISTÓRIA?
Os
bilionários da área de tecnologia, como Jeff Bezos e outros grandes nomes do Vale do Silício, parecem estar animados com essas
possibilidades e vêm apoiando empresas de biotecnologia como a Calico (California Life Company),
do Google, uma das mais importantes no estudo contra o
envelhecimento. Uma prova de que o tema da expansão da vida está sendo levado a
sério são os números: em 2018, o setor movimentou US$ 42,5 bilhões e, para
2023, a expectativa é que esse valor ultrapasse os US$ 55 bilhões.
ENTÃO,
VAMOS VIVER PARA SEMPRE?
Provavelmente,
não! Apesar do todas essas soluções e tecnologias serem tão promissoras, se
essas práticas funcionarem, certamente outros problemas surgirão. Um avanço na
vida pode significar uma alteração radical nas projeções populacionais. As
mulheres vão entrar na menopausa mais tardiamente e poderão ter mais filhos; ao
mesmo tempo, vai ser preciso ter (e gastar) mais dinheiro para si próprio e
também para criar os filhos. Isso sem contar que se, no futuro, alguém for
realmente descongelado e voltar à vida, imagine o choque de realidade para
sobreviver em uma sociedade totalmente diferente. É, essa história ainda vai
longe!
*Site Olhar
Digital/editado por Cesar Schaeffer
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