CURADOR DE MUSEU COMUNITÁRIO DENUNCIA EXCLUSÃO POLÍTICA DA ENTIDADE DE REPASSE DE AUXÍLIO CULTURAL EM DUQUE BACELAR

Na última terça-feira 21/12, o poeta, ambientalista e crítico literário Francisco Carlos Moraes Machado promoveu um protesto em frente a Câmara de Vereadores da cidade de Duque Bacelar (24km de Buriti) para denunciar a exclusão de repasses da Lei Aldir Blanc para Museu de História Nacional e Ambiental do Vale da Parnaíba (MUHNAP). O auxílio é destinado aos trabalhadores e coletivos do setor cultural que foram impactados com a pandemia.

O protesto de Francisco Carlos, que é atualmente o curador museu da cidade, tem respaldo na Lei 14107, de LEI Nº 14.017, DE 29 DE JUNHO DE 2020, que, no art.8º, inciso VII, aponta que “museus comunitários, centros de memória e patrimônio” estão  compreendidos como “espaços culturais”, que são “todos aqueles organizados e mantidos por pessoas, organizações da sociedade civil, empresas culturais, organizações culturais comunitárias, cooperativas com finalidade cultural e instituições culturais, com ou sem fins lucrativos, que sejam dedicados a realizar atividades artísticas e culturais”.




Veja o vídeo e conheça um pouco sobre o MUHNAP

Em 20 de outubro deste ano, a Prefeitura de Duque Bacelar, por meio do seu Departamento de Cultura, vinculado à secretaria municipal de educação, publicou o edital nº 001/2021, onde constam os critérios de inscrição, concorrência, premiação e prestação de contas do recurso da Lei Aldir Blanc (clique aqui para ler).  Pelo edital, fica claro que museu comunitário MUHNAP, com quatro anos em atividade e apontado como o 3º de história natural do Maranhão, contando, inclusive, com a maior coleção de fósseis vegetais do Nordeste, preenche os requisitos concorrenciais como Coletivo Cultural de Duque Bacelar. A Declaração de Legitimidade do Museu foi assinada pelo Diretor do MUHNAP, engenheiro Nauro Daniel Rocha e mais 14 representantes do coletivo que reúne 60 membros, entre eles biólogos, cientistas, pesquisadores, professores e engenheiros.



Porém, assim que foi divulgado o resultado, causou perplexidade ao Coletivo e à comunidade geral o fato de o MUHNAP ter sido excluído pela Comissão julgadora, provocando revolta dos membros que, através do ofício nº 1/2021, de 15 de dezembro 2021, cobraram explicações sobre a exclusão à secretaria de educação do município, por meio do seu departamento de cultura. Não houve resposta da pasta.

Indignado, Francisco Carlos alega ingerência e perseguição política por trás da decisão de exlcuir o MUHNAP do benefício da Lei Aldir Blanc.  Ele próprio, que concorreu como pessoa física, foi contemplado com a premiação, mas revela estranheza com sua pontuação recebida. Além de curador do museu e mestre em Ciências Ambientais, Francisco Carlos é um escritor consagrado do Garapa e tem uma vasta contribuição literária e cultural para município de Duque Bacelar e toda região, com 10 livros publicados, entre eles, Vozes Poéticas dos Morros Garapenses, uma antologia dos poetas da APA, lançado no dia 25 de setembro deste ano, em  Encontro Literário  sediado em Buriti-MA. Também é membro-fundador, ocupante da cadeira nº 20, patroneada por José Linhares de Araújo,  na Academia Buritiense Artes, Letras e Ciências – ABALC, fundada em 30 de novembro de 2019. De sorte que não restam dúvidas quanto à sua relevante contribuição para cultura da cidade de Duque e da região do garapa.

 

Francisco Carlos divulgando a arte literária de Duque, em lançamento de obras em Buriti/MA

O outro lado

A reportagem do CORREIO BURITIENSE tentou falar com Cristiane de Santana, chefe do departamento de Cultura, mas, até o fechamento desta matéria, não teve suas ligações atendidas nem foram retornadas.

Comentários

  1. Kd esse secretário de obras, q não ver a buraqueira q está na rua da clínica, lama pra todos os lados, um lixao do lado da clínica prejudicando as pessoas que a lhe passar, os moradores da quela rua pede respeito, vamos ajeitar nossa rua,a entrada da cidade isso é uma vergonha

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