Senado aprova PEC do estado de emergência, que aumenta Auxílio Brasil e cria vale-caminhoneiro a três meses da eleição

 PEC amplia até o fim deste ano Auxílio Brasil e vale-gás e cria voucher temporário para caminhoneiros e taxistas. Texto vai agora para votação na Câmara

Foto: Agência Senado | ABr

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira 30/6 a proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui estado de emergência até o final do ano para ampliar o pagamento de benefícios sociais (PEC 1/2022). Agora a proposta será encaminhada para análise da Câmara dos Deputados.

A PEC prevê R$ 41,25 bilhões até o fim do ano para a expansão do Auxílio Brasil e do vale-gás de cozinha; para a criação de auxílios aos caminhoneiros e taxistas; para financiar a gratuidade de transporte coletivo para idosos; para compensar os estados que concederem créditos tributários para o etanol; e para reforçar o programa Alimenta Brasil.

Esse valor não precisará observar o teto de gastos, a regra de ouro ou os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal que exigem compensação por aumento de despesa e renúncia de receita.

O reconhecimento de estado de emergência serve para que os pagamentos não violem a legislação eleitoral. A criação de benefícios destinados a pessoas físicas é proibida em ano de eleições. A única exceção é a vigência de estado de emergência (Lei 9.504, de 1997).

Todas as medidas têm duração prevista até o final do ano de 2022.

Auxílio Brasil: R$ 26 bilhões

  •  Acréscimo de R$ 200 no benefício mensal (de R$ 400 para R$ 600)
  •  Meta: incluir todas as famílias elegíveis (fila "zerada")
  •  Parte do valor poderá ser usado para operacionalização do benefício
  •  Será vedado o uso em publicidade institucional

Auxílio Gás dos Brasileiros (vale-gás de cozinha): R$ 1,05 bilhão

  •  Parcela extra bimestral no valor de 50% do valor médio do botijão de 13 kg
  •  Parte do valor poderá ser usado para operacionalização do benefício
  •  Será vedado o uso em publicidade institucional

Auxílio para caminhoneiros: R$ 5,4 bilhões

  •  Voucher de R$ 1 mil mensais para cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC)
  •  Será concedido para transportadores autônomos, independente do número de veículos eles que possuírem
  •  Não será preciso comprovar a compra de óleo diesel no período de recebimento

Auxílio para taxistas: R$ 2 bilhões

  •  Benefício para profissionais cadastrados como motoristas de táxi
  •  Serão contemplados aqueles cadastrados até 31 de maio de 2022, mediante apresentação do documento de permissão
  •  A formação do cadastro e a forma de pagamento ainda serão regulamentadas

Gratuidade para idosos: R$ 2,5 bilhões

  •  Transferência para estados e municípios para custear a gratuidade no transporte público para cidadãos acima de 65 anos
  •  Distribuído na proporção da população idosa de cada estado e município
  •  40% do valor será repassado para serviços intermunicipais e interestaduais
  •  Somente destinado para estados e municípios com sistema de transporte coletivo urbano em funcionamento

Créditos para etanol: R$ 3,8 bilhões

  •  Auxílio para estados que outorgarem créditos tributários do ICMS para produtores e distribuidores de etanol hidratado
  •  Pagamento em parcelas mensais
  •  Distribuído na proporção da participação de cada estado no consumo de etanol hidratado no ano de 2021
  •  Estados renunciarão ao direito de pedir indenização por perda de arrecadação decorrente dos créditos outorgados
  •  Valor será livre de vinculações, mas deverá ser repartido com os municípios e entrará no cálculo de receita para efeito de investimento mínimo em educação
  •  Objetivo é reduzir a carga tributária do etanol para manter diferencial competitivo em relação à gasolina
  •  Estados ficam autorizados a "zerar" a tributação sobre a gasolina, desde que façam o mesmo para o etanol

Alimenta Brasil: R$ 500 milhões

  • Reforço orçamentário para o programa, que promove compra de alimentos de pequenos produtores e sua destinação para famílias em situação de insegurança alimentar

(Agência Senado)

Comentários

  1. Porque resolveram aumentar o auxílio Brasil só agora próximo as eleições?? O golpe está aí caí quem quer...kkkk

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