Novo Juiz da Lava Jato pede à PF investigação urgente sobre revelações de Tacla Duran que podem incriminar Sergio Moro

O juiz Eduardo Appio, recém-designado para a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, solicitou à Polícia Federal a abertura de uma investigação urgente para apurar as alegações feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran de que um advogado associado ao ex-juiz Sergio Moro teria praticado extorsão durante as investigações da Operação Lava Jato. Tacla Duran afirmou em depoimento ao juiz e à PF que, em 2016, o advogado Carlos Zucolotto Júnior teria exigido US$ 5 milhões em troca de benefícios em um acordo de colaboração.

Tacla Duran guardou uma conversa por meio de uma captura de tela de celular que mostrava Zucolotto prometendo acertar os termos com "DD" - iniciais que supostamente se referem a Deltan Dallagnol, parceiro de Moro nas atividades ilícitas da Lava Jato. Tacla Duran afirmou também que foi investigado pela Lava Jato porque recusou a oferta.

O ofício de Appio foi encaminhado ao superintendente da PF do Paraná Rivaldo Venâncio para a instauração urgente de um inquérito policial para investigar o suposto crime de extorsão envolvendo agentes públicos federais.

Em resposta ao depoimento de Tacla Duran, a equipe de Moro afirmou em nota que o político é vítima de "calúnias" e que não teme qualquer investigação. Dallagnol, por sua vez, afirmou que o juiz Appio "acreditou" em um acusado que tentou enganar as autoridades da Lava Jato.


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