Por Benedito Ferreira Marques DESERTIFICAÇÃO CONSCIENTEMENTE CRIMINOSA “Minha terra tinha palmeiras, onde cantavam os sabiás; as palmeiras que existiam não existem mais, onde cantavam os sabiás. ” (Parodiando Gonçalves Dias). Um vídeo assustador postado no meu aparelho celular, por um ambientalista da região, acordou-me na madrugada de um sábado setembrino, no prenúncio da primavera. Quatro tratores possantes - dois de cada lado, segundo uma voz feminina captada fortuitamente -, atrelavam correntões com argolas dificilmente quebráveis. Arrastavam o que houvesse em frente, inclusive palmeiras seculares de babaçu, que abundavam num povoado do Município de Buriti, no Estado do Maranhão. Sob os olhares tristonhos de moradores assustados, operava-se uma tragédia, ao vivo e em cores. A voz feminina exclamava o horror; estava impotente para reagir ou fazer qualquer coisa, ou coisa qualquer. Era a força da força sobre a fraqueza dos fracos; e...
"Não há pessoas nem sociedades livres, sem liberdade de expressão e de imprensa"