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O Correio Buritiense alegra-se pelos dois anos de criação da APA DOS MORROS GARAPENSES

Este Correio parabeniza e louva a existência da Área de Proteção Ambiental (APA) dos Morros Garapenses, criada pelo Decreto Nº 25.087 de 31 de dezembro de 2008, do ex-governador JACKSON LAGO.
A criação da APA dos Morros Garapenses, que inclui os municípios de Buriti, Duque Bacelar e Coelho Neto, no Baixo Parnaíba Maranhense, numa Área de Proteção total pouco superior a 234 mil hectares, fez - se necessário, pois, como diz o próprio Decreto, “os Cerrados Brasileiros compreendem um domínio de natureza bastante frágil e em ritmo acelerado de devastação”, sendo os mesmos “denominados internacionalmente como hot spot, ou seja, espaços de grande predisposição à extinção da fauna e flora” e, além disso, “os municípios de Buriti, Duque Bacelar e Coelho Neto possuem um dos maiores sítios paleobotânicos do Brasil, com fósseis vegetais de idade permiana (mais de 250 milhões de anos), distribuídos em áreas ora contínuas, ora espaçadas.”
Abaixo o Correio Buritiense reproduz carta do poeta e crítico literário Francisco Carlos Machado, Presidente da Associação Bacelarense de Proteção ao Meio Ambiente (ABAMA): 
  
APA DOS MORROS GARAPENSES - 2 ANOS DE VIDA

Aos Conselheiros, voluntários, amigos e a população da APA dos Morros Garapenses

Só agora, duas semanas depois das comemorações dos dois anos de criação da APA dos Morros Garapenses, ocorridas nos dia 21 e 25 de Março, que consigo um tempo para formalmente expressar meus agradecimentos a todos os Conselheiros, voluntários e os amigos de nossa APA em Duque Bacelar, Coelho Neto, Buriti, Afonso Cunha e ao Departamento de Unidade de Conservação da SEMA, enfatizando a pessoa de Yassodhara Brandão, Presidente do Conselho da APA que passou sonhar conosco mais ainda pelo bem da Unidade. Quero também com esse texto falar algo mais.

Motivo-me escrever a todos vocês como um dos primeiros sonhadores deste Movimento que concebeu e gerou o sonho de quer o desenvolvimento da nossa região deveria continuar acontecendo somente pelos caminhos da sustentabilidade. Foi esse o desejo impulsionário da lutar para a criação da APA DOS MORROS GARAPENSES, e é o que honestamente queremos viver e trabalhar para acontecer. Queremos sim riquezas, mas riquezas repartidas e distribuídas para todos.

Entendendo que nesse labor pelo pão e a vida digna, necessariamente o explorar dos recursos naturais e do uso do trabalho humano torna-se inevitável. Porém, entendemos também haver um equilíbrio no hoje e no amanhã desse explorar; buscando aqui uma harmonia para as atuais e as próximas gerações na convivência do natural com o homem e do homem consigo mesmo. Havendo nessa dinâmica, justiça, cuidados e gentileza com o próximo humano e o próximo bicho: as plantas, águas, solos, o ar, a vida num todo.

Acreditamos que em tudo existe vida e essência, assim o sentir do viver e a busca da felicidade dar-se-á em todo ser que respira e almeja sua conservação. Sendo isso sagrado e certo, devemos ambicionar o bem de todos os viventes e as coisas na APA dos Morros Garapenses. Estou sendo animista? Não, acredito apenas que a missão nossa é cuidar e preservar não somente nossa vida, mas de toda a criação.

Assim, no cumprimento dessa missão muito me emocionou uma exposição de fotografias de nascentes recuperadas em Coelho Neto pelo Grupo João Santos. Antes, tínhamos como um inimigo declarado, agora, veja como a existência faz com quer pontes sejam construídas entre antagonismos, surgir entre os o Grupo e os ambientalistas até parcerias e diálogos. Nesse ponto acredito que a APA dos Morros Garapenses poderá aproximar as comunidades viventes na APA e o Grupo (como também com os empresários sulistas do agronegócio da soja), melhorando a relação arredia, em graus ainda EXISTENTES, no buscar dessa sustentabilidade e dignidade de tudo, no interesse de ambas as partes.

Não pude nas comemorações ir para a palestra dia 22 em Buriti, que aconteceu lotada com umas 300 pessoas de todas as representatividades sociais, políticas e judiciárias no CAP. Todavia, trouxe uma faixa grande que os Conselheiros e voluntários mandaram pintar: “Buriti parabeniza a APA DOS MORROS GARAPENSES pelos seus 2 anos ”. Eu, também cantei os parabéns e me emocionei em Duque vendo os dois bolos de 70 reais que nós conselheiros pagamos e degustemos logo após o findar da primeira reunião anual do Conselho Consultivo dia 21 de Março na sede da Câmara Municipal da cidade. A criação do GPA - Grupo de Professores e Alunos Ambientalistas em Coelho Neto foi uma emoção orgulhosa à parte também. Iniciativa inédita no Maranhão, os integrantes pragmáticos do GPA já em ação concreta ajudaram organizar as comemorações do aniversário de dois anos e a caminhada ecumênica dos cristãos que saindo em grupos de Coelho Neto e Duque Bacelar na final da madrugada do dia 20, caminharam por igual 9 km e se encontraram no povoado Mamorana, divisa dos dois municípios, para celebrar Deus Criador e dizer que o nosso papel também consiste em cuidar da criação Dele. O GPA também elaborou e executou a arborização da AV. Cordeiro de Faria em Coelho Neto, ação bonita que fez parte das comemorações da Semana da Árvore e Aniversário da APA, pretendendo continuar com a ajuda da comunidade local a arborização de toda cidade.

Como foi repleto de ações o aniversário de dois anos da APA dos Morros GARAPENSES. Houve café da manhã, fogos foram soltos, saindo de cima dos Morros em direção a cidade sede da Unidade; o ônibus que levou estudantes e Conselheiros no caminho indo visitar a RPPN do Riacho Feio em Buriti atolou, e todos desceram para desatolar. E estando lá todos viram, alguns pela primeira vez até, Siriemas; belas aves que na lista negra das espécies em extinção no Riacho Feio estão fazendo ninho, no recomeçar da luta pela existência de sua espécie. E neste Aniversário a equipe da SEMA esteve pela primeira vez em Afonso Cunha, conversaram e formaram vínculos com as pessoas de bem do lugar, onde os mesmo constataram mais uma vez a existência da APA em seu território. Na realidade de quer a APA dos Morros Garapenses EXISTE para unir todos nós, nos unamos por Afonso Cunha, onde está o território de povo mais sofredor da Unidade.

Sim, a APA DOS MORROS GARAPENSES começou com o sonho de ambientalistas unidos e agora deve unir todas as pessoas dos quatros municípios para sonhar e construir um futuro mais digno. Em graus já vivemos essa nova realidade. Entretanto, torna-se necessário que os grupos sociais afins, igrejas, associações culturais e de classe, sindicatos, assentamentos, escolas, crianças, jovens, os líderes comunitários, os vereadores e prefeitos, promotores e juízes dos quatros municípios estejam juntos. Sem UNIDADE nunca alcançaremos SUNTENTABILIDADE.

Sem dúvida, Deus, o Criador dos céus e da terra, Senhor de toda vida existente nos ajudará nessa busca de unidade e do dar as mãos. Oremos, pois.

Francisco Carlos Moraes Machado
Presidente da ABAMA e Vice-Presidente do CONAMG

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