Na
sexta-feira 27/12, o Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da
Secretaria de Defesa Agropecuária liberou 36 novos agrotóxicos para uso no
Brasil. Ao todo, em 2019, foram registrados 474 produtos, a maior quantidade
dos últimos 14 anos.
De
acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 94,5% de
todos os agrotóxicos
registrados neste ano são genéricos, ou seja, utilizam
ingredientes que já eram comercializados no país em outros produtos. “O
objetivo da aprovação de produtos genéricos é aumentar a concorrência no
mercado e diminuir o preço dos defensivos, o que faz cair o custo de produção”,
diz o órgão.
Dentre
os 36 agrotóxicos liberados, quatro são orgânicos ou biológicos. Na prática,
isso quer dizer que estes produtos podem ser utilizados tanto na agricultura
orgânica quanto na tradicional. Com esses quatro produtos, chega a 40 o
número de agrotóxicos orgânicos ou biológicos.
O
ministério afirma que a alta de registros em 2019 se deve à “medidas
desburocratizantes” que aceleraram a fila de pedidos de registro. Para o órgão,
a liberação dos novos produtos aumentou a produtividade do ministério, bem como
da Anvisa e do Ibama —que também são responsáveis por analisar os
pedidos.
Ainda
segundo o ministério, além de acelerar a fila de análise de registros, também
era objetivo do órgão aprovar novas moléculas que seriam menos tóxicas.
Entretanto, as duas novas moléculas liberadas nesta sexta e citadas pelo órgão
em nota, (Florpirauxifen-benzil e Fluopiram) são classificadas pela
Anvisa como medianamente tóxicas.
Em
setembro, pelo jornal Folha
de São Paulo comparou 96 ingredientes ativos que compõem
os agrotóxicos liberados no Brasil até o dia 19 daquele mês. O levantamento
revelou que 28 dos 96 ingredientes são barrados na União Europeia, 36 na
Austrália, 30 na Índia e 18 no Canadá.
Da Folha de São Paulo
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