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Coluna SEGUNDA ANÁLISE - A SÍNDROME DE PROCUSTO

 *Por Anaximandro Silva Cavalcanti

A SÍNDROME DE PROCUSTO

 Originado na mitologia grega, o mito de Procusto conta a história de um gigante (Procusto) que tinha uma estalagem nas altas colinas de Ática, onde oferecia hospedagem para os viajantes. Em sua estalagem havia duas camas de tamanhos diferentes. Secretamente, ele armava para que seu hóspede nunca coubesse no leito; se a pessoa fosse alta, ele a colocava na cama pequena, se a pessoa fosse baixa, ele a colocava na cama maior. À noite, enquanto dormiam, ele aproveitava para amordaçar e amarrar suas vítimas. As pessoas altas que ele havia colocado na cama pequena ele cortava seus pés, mãos e cabeça, enquanto que das pessoas baixas que estavam na cama grande, ele quebrava seus ossos para ajustar as medidas. Nenhum viajante se adaptava a cama, e todos eram mortos.

 

Pessoas que sofrem dessa síndrome são pessoas que não hesitam em discriminar e até mesmo em perseguir quem é superior a elas em talento e habilidades. Não aceitam as opiniões alheias, e por serem inseguras, buscam fazer as ideias de outros parecerem absurdas. Por trás de suas palavras se evidenciam um verdadeiro egocentrismo e um pensamento inflexível e extremamente hostil.


São perfis de autoestima extremamente frágil. Não possuem o menor controle sob suas emoções: tomam como ofensa as capacidades e acertos dos outros, tem um medo exacerbado das mudanças e possuem uma posição irracional. São pessoas que não sabem lidar com as próprias emoções, principalmente quando em frente à alguém mais capacitado.

 

Este mito é muito bem utilizado como uma metáfora para situações em que se pretende impor um determinado padrão ou querer a todo o custo obrigar que algo encaixe numa matriz pré-estabelecida ou pré-determinada, e por isso, representa a intolerância humana.

 

Conta uma lenda que certa vez, um senhor feudal resolveu aumentar os impostos, o líder dos camponeses se revoltou, dizia que a taxa cobrada era um absurdo, que eles estavam sendo roubados, ele inflamou uma grande revolta que terminou com a morte do senhoril. Com sua morte o líder dos camponeses assume o feudo prometendo abolir os impostos. Passado um tempo foi cobrado de sua promessa, então ele disse a seus amigos camponeses que a taxa cobrada estava sendo útil agora para pagar as despesas do feudo.

 

Qualquer semelhança seria mera coincidência com certo grupo de vereadores que atacou certa taxa de iluminação pública, a taxando de absurda e imoral, e que agora a defendem e a justificam como indispensável, bela e acertada.


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