Governadora Roseana Sarney falou sobre prisão de envolvidos na morte do jornalista. Sete pessoas foram presas suspeitas de participação no assassinato.
Ao todo, sete pessoas foram presas na operação "Detonando" deflagrada, na manhã de ontem (13), pela polícia do Maranhão. Dois empresários do Pará, um da cidade de Santa Inês, no Maranhão, dois assessores do empresário de Santa Inês, um subcomandante do Choque da Polícia Militar, que forneceu a arma, e o assassino de Décio Sá.
Os empresários do Pará seriam do ramo de fornecimento de merenda escolar, e o outro, de Santa Inês, seria do ramo de revenda de veículos.
O autor dos cinco disparos que mataram o jornalista é Jonathan de Souza Silva, tem 24 anos e é do Estado do Pará.
A motivação da execução do jornalista, na noite de 23 de abril, em um bar da Avenida Litorânea, em São Luís, foram as denúncias de Décio Sá sobre crimes de agiotagem, desvio de recursos públicos e extorsões. De acordo com o Secretário de Segurança Pública (SSP), Aluísio Mendes, “devido a suas publicações no blog, o jornalista incomodava há muito tempo essa quadrilha e por isso foi tramada a sua morte”.
Foram apresentados na tarde de quarta-feira (13) os envolvidos no crime; são eles: os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho (34), seu pai, José de Alencar Miranda Carvalho (72), José Raimundo Sales Charles Jr. (38), Fábio Aurélio do Lago e Silva (32), Airton Martins Monroe (24) e Jonathan de Souza Silva, 24. Segundo a polícia, eles teriam formado um ‘consórcio’ que tramou a morte do jornalista. Gláucio e Miranda teriam encomendado o crime por R$ 100 mil, enquanto que Charles, Fábio Aurélio e Airton, contratado Jonathan para cometer o assassinato.
Ainda há um oitavo envolvido na morte de Décio Sá, que está foragido, e, de acordo com Cristina Menezes, Delegada geral da Polícia Civil, é questão de tempo para capturá-lo. "Nós já sabemos quem é. Sabemos que ele tem mandados de prisão do Estado de Minas Gerais, e ele também faz parte dos crimes, quase todos como executor. Ele tem condição de ser encontrado. Ele participou ativamente na execução, ele conduziu a moto que levou o homicida”.
Os presos são suspeitos de integrar uma quadrilha interestadual, que praticava diversos crimes como agiotagem e extorsão. O ponto inicial para desbaratar a quadrilha foi a confissão de Jonathan. A partir daí se descobriu uma “verdadeira organização criminosa”, como disse o secretário, “um verdadeiro câncer para a sociedade maranhense, atuando no desvio principalmente de recursos públicos, agiotagens e extorsões”.
Foram encontrados em poder do ‘consórcio’ talonários e notas de empenhos de prefeituras. Essa descoberta pode levar a novas investigações, inclusive com a participação da Polícia Federal.
O secretário informou que a quadrilha também está envolvida no assassinato do empresário Fábio Brasil, ocorrida em março deste ano, em Teresina. Na ocasião, ele disse que outras seis pessoas estariam ‘marcadas’ para morrer. Dentre as possíveis vítimas, estaria um ambientalista.
Na operação, estão sendo empregados doze delegados e setenta policiais civis e homens do GTA. Os presos serão apresentados na Secretaria de Segurança Pública do Maranhão no início da tarde.
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