*Por
Fernando Vaz, publicado no facebook em 11 de novembro de 2013 às 16:43
Nas tardes de Buriti de Inácia Vaz acontecia um fenômeno
interessante. Quando o tempo começava a esfriar, a cidade era rapidamente
tomada por milhares de “invasores” que vinham de muito longe e, embora fossem
pequenos, conseguiam produzir instintivamente uma sombra que o próprio sol -
vejam só, o astro rei-, não conseguia romper.
Era
o voou das andorinhas negras e azuis. Estas se reuniam sem planejamento prévio,
eram somente orientadas pelo improviso e conseguiam sincronizadamente desenvolver
coreografias perfeitas, que só algo criado por Deus poderia executar sem falar,
é claro, do som emitido por suas asas que pareciam turbinas de avião, tamanha
era sua pujança e vigor.
Era fascinante! Quem vinha para o festejo de Nossa Senhora de
Sant’ Ana poderia vê-lo e maravilhar-se. Embora o mesmo espetáculo pudesse
representar algo comum para os viventes da cidade, já que estavam acostumados
ou talvez não tivessem a noção do tesouro que possuíam.
Não tinham nenhum propósito de destruição, pelo contrário,
eram frágeis, mas isso não as impediam de ajudar no equilíbrio biológico quando
se alimentavam dos insetos que atazanavam a vida dos moradores e visitantes da
cidade. Tinha algo de essencial nelas, eram úteis!
Os moleques da praça gostavam de atirar pedras com suas “baladeiras” nas
andorinhas, que sinceramente, não era difícil de acertá-las, pois havia muitas
e voavam juntas, como se fosse para se proteger de uma possível ameaça
superveniente. Mas a ingenuidade deles era comum a que as andorinhas possuíam.
O verdadeiro perigo não seriam os pequenos caçadores.
Alguns anos se passaram e o balé negro das aves findou,
nunca mais se viu as andorinhas, nunca mais as tardes de Buriti teriam a mesma
beleza como dantes. Mas o que teria acontecido? Elas morreram ou alguém as
expulsou de lá?
O fato é que as árvores que traziam sombra e vida para a praça central
da cidade secaram, assim como sua fonte belíssima que enchia os olhos dos que,
sem dinheiro para comprar um brinquedo, se contentavam em ficar olhando até que
o encarregado por ela a desligasse e as águas coloridas deixassem de cair.
Li esse texto e me fez ter uma lembrança surreal de uma memoria nao tao distante de ver as andorinhas voando ao horizonte em Buriti, e no mesmo instante lembrar que as ultimas vezes que estive la ja estavam com muitos anos que eu nao as vias mais... um projeto de arborizaçao talvez as tragam de volta no por do sol...
ResponderExcluircom certeza o bale das andurinhas era maravilhoso eu ficava adimirando e de vez em quanto jogava umas pedras nas bichinha,mais tenho convicção q não foram as pedras q a meninada jogava nelas nem q morreram o q aconteceu foi q elas migraram para outro lugar porq quando cortaram as arvores da praça automaticamente tiraram o habitar delas e elas foram embora...referênte a fonte luminosa engraçado quando a verba de buriti era menor fonte luminosa funcionava a praça do jardim era linda e tinha guarda (seu gordinho) a praça do bairro bacuri era bém cuidada a rodoviaria era limpa e também tinha vigia.agora a verba é maior e a cidade ta um lixo isso porq tem muito mais comercio agora q na quela epoca,moral da história estão ou não estão roubando o dinheiro de nossa cidade......muito triste
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