COM A MÃO NO QUEIXO AGRIPINO, ACUSADO DE RECEBER R$ 1 MILHÃO EM PROPINA, ASSISTE A DISCURSO CONTRA A CORRUPÇÃO
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) foi
preso na Operação Pororoca, da Polícia Federal, conforme notaram comentaristas.
Ele aparece na frente, à direita de Agripino Maia.
*Da
Redação do Site VIOMUNDO
O
Brasil ingressou esta tarde (15) em um novo capítulo na História da
cara-de-pau, quando líderes da oposição receberam no Congresso representantes
dos movimentos que promoveram as manifestações de 15 de março e 12 de abril.
Estavam
presentes os presidentes do PSDB, Aécio Neves, do Solidariedade, Paulinho da
Força, do PV, Luiz Penna, do PPS, Roberto Freire e o representante do PSB,
ex-deputado Beto Albuquerque.
Aécio
Neves foi citado pelo doleiro Alberto Yousseff por envolvimento em suposto esquema de
desvio de verbas públicas da estatal Furnas. O
principal aliado político de Aécio, senador Antonio Anastasia, está no rol dos
investigados na Operação Lava Jato.
Paulinho
da Força integra a galeria de escândalos da — no caso dele — insuspeita
revista Veja.
Mas a
maior cara-de-pau foi exibida pelo presidente do DEM, Agripino Maia, que
colocou a mão no queixo para ouvir inflamado discurso denunciando a corrupção
de uma integrante do movimento Vem
Pra Rua.
Depois,
o denunciado pontificou: “Os fatos
se impõem. Chegou a hora de colocar o impeachment e a investigação de Dilma
para valer na pauta. A oposição está unida”.
Agripino
Maia foi acusado de receber R$ 1 milhão em propina num esquema que envolvia a inspeção
de veículos em seu estado de origem, o Rio Grande do Norte. A acusação foi
feita pelo empresário George Olímpio. O STF abriu investigação sobre Agripino
atendendo a pedido da Procuradoria Geral da República.
Antes
de se reunir com os líderes da oposição, os integrantes dos movimentos que
organizaram protestos apresentaram sua pauta de reivindicações ao Congresso:
Ø Enfrentamento real da corrupção, através do fim
da impunidade;
Ø Aprovar as 10 medidas de combate à corrupção
apresentadas pelo Ministério Público Federal. Submeter acordos de leniência de
empresas envolvidas na Lava Jato ao Ministério Público Federal. Aumentar a pena
dos crimes de corrupção. Indicar servidores públicos de carreira para o
Tribunal Superior Eleitoral, o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal
de Justiça, com prazo de mandato estabelecido;
Ø Implementar eleições diretas para escolha dos
procuradores gerais. Afastar o ministro José Dias Toffoli do STF e do TSE por
não atender ao critério de imparcialidade;
Ø Pedir ao STF e à PGR abertura de investigação
por crime comum de Dilma Rousseff e apreciar com transparência pedidos de
impeachment apresentados ao Congresso;
Ø Choque de ordem na gestão pública: Abertura dos
empréstimos concedidos pelo BNDES e impedir empréstimos do banco ao exterior;
Exigir Revalida de todos os médicos estrangeiros atuando no Brasil. Reduzir e
otimizar impostos;
Ø Educação: Fim da doutrinação ideológica e
partidária nas escolas do país;
Ø Ajustes no processo político-eleitoral:
Eleições com registro impressos dos votos, auditáveis por partidos e empresas.
Fim do financiamento público de campanha. Mandato único, pondo fim à reeleição.
É uma
espécie de programa de governo pós-Dilma ou pós-terceiro turno.
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