Por Welliton Resende da
CGU
A recente notícia de que o
Ministério Público Federal em Araraquara, no interior de São Paulo, denunciou
cinco pessoas por estelionato por causa do recebimento indevido de benefícios
do Programa Bolsa Família do Governo Federal deixou muita gente com as barbas
de molho no Maranhão.
Em São Paulo, o MPF
denunciou duas mulheres que omitiram parte de suas rendas para se enquadrar no
perfil do programa e a assistente social que atuava como gestora do Bolsa
família. De acordo com o MPF, "apesar
de ter pleno conhecimento das fraudes, a gestora não tomou quaisquer
providências para cancelar o recebimento dos valores pelas
estelionatárias".
Além da gestora municipal do
programa, foi denunciada ainda uma das estagiárias do órgão gestor do Bolsa
Família na cidade. A investigação mostra que ela conhecia a verdadeira situação
financeira das beneficiárias, uma vez que frequentavam a mesma faculdade, mas,
mesmo assim, preencheu a ficha com as falsas declarações prestadas e permitiu o
cadastro indevido no CadÚnico.
Em tempo, o crime de estelionato,
previsto no artigo 171 do Código Penal, é punido com um a cinco anos de prisão,
pena aumentada em um terço quando cometido contra entidade de direito público,
como a União.
Em 2005, foi criada a Rede
Pública de Fiscalização do Programa Bolsa Família, mediante a formalização de
acordos de cooperações técnicas, entre o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS) e os Ministérios Públicos Estaduais, o Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios, o Ministério Público Federal, a
Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Ou seja, todos os órgãos de controle são responsáveis pela fiscalização do PBF.
No Maranhão, uma compilação
rápida dos relatórios da CGU revelou as principais irregularidades praticadas
contra o Programa Bolsa Família e o valor recebido pelas prefeituras para
melhorar a gestão do programa, o Índice de Gestão Descentralizada (IGD). Veja
as principais irregularidades apontadas pela CGU:
·
Inexistência de Instância de Controle Social - ICS
do Programa Bolsa-Família;
·
Ausência de ações de mobilização e
sensibilização das famílias, por parte da Prefeitura, para o cumprimento das
condicionalidades do Programa;
·
Ausência de implementação de programas/ações
complementares ao Bolsa-Família;
·
Ausência de divulgação da lista de beneficiários do
Programa;
·
Indícios da existência de beneficiários do Programa
Bolsa Família com de renda per capita superior à definida pelo Programa;
·
Pagamento do benefício a parentes do prefeito, de
empresários e de membro da Comissão de Licitação;
·
Cadastro Único desatualizado: beneficiários e
alunos não localizados;
·
Responsável pelo pagamento do bolsa família pratica
venda casada e retém o cartão dos beneficiários;
·
Ocorrência de saques à conta, sem a devida
comprovação de sua utilização na finalidade do Programa Bolsa Família;
·
Não incorporação dos recursos do IGD ao
Orçamento Municipal;
·
Aplicação de recursos do IGD em despesas não
elegíveis para o Programa Bolsa-Família;
·
Ausência de prestação de contas dos recursos do IGD
no exercício;
·
Ausência de contrato de prestação de serviços da
equipe que trabalha na operacionalização do CADúnico;
·
Pagamento de despesas do IGD utilizando dinheiro em
espécie e falta de identificação das notas fiscais; e,
·
Notas fiscais de compras com recursos do IGD sem
identificação da origem dos recursos e sem o respectivo atesto.
Irregularidades no bolsa familia é o q mais tem,aqui mesmo em buriti tem muita gente q nem precisa d beneficio e tem,,familias com filhos estudando em escolas particulares tem carro e etc..Muitos falam do governo,mas sao iguais.
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