Reportagem da GloboNews aponta Buriti (MA) com o menor gasto em educação do País; 43% dos municípios brasileiros gastam menos do que mínimo satisfatório em educação
Todos
pela Educação lança nesta terça-feira 25/6 o Anuário Brasileiro da Educação
Básica 2019. Estudo aponta os principais desafios a serem enfrentados para o
país avançar na qualidade da educação.
Do G1/GloboNews.
Um
investimento público total por aluno de R$ 4.300 por ano, considerando um
estudante do ensino fundamental da zona urbana que estuda em tempo parcial.
Esse é o patamar mínimo necessário estimado pelo Movimento Todos pela Educação
para que uma rede pública de ensino atinja bons resultados em aprendizagem no
país, como notas satisfatórias no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb), por exemplo.
De acordo
com levantamento inédito feito pela ONG, em 2015, ano mais recente com dados
completos sobre financiamento público, 2.372 municípios brasileiros (43% dos 5.570
existentes) e cinco estados (Amazonas, Pará, Maranhão, Paraíba e Minas Gerais)
investiram menos do que isso.
O município
de Buriti (MA) aparece em gráfico como aquele que menos gasta por aluno ao ano,
com o valor de R$ 2.900 (dois mil e novecentos reais). Por outro lado, o município
gaúcho de Pinto Bandeira gasta anualmente R$ 19.500 por aluno.
Assista à reportagem veiculada nesta terça-feira 25/6 no canal GloboNews:
Assista à reportagem veiculada nesta terça-feira 25/6 no canal GloboNews:
A
estimativa do Todos pela Educação considerou apenas o investimento realizado no
ensino fundamental (1º ano ao 9º ano). O valor de R$ 4.300 por ano é o
investimento considerado mínimo necessário pela estimativa da ONG, mas ficar
abaixo disso, a rigor, não representa uma ilegalidade.
Segundo
os dados, enquanto algumas redes investem entre R$ 15 mil e R$ 18 mil por aluno
por ano, mais de 40% das redes brasileiras estão abaixo dessa faixa de R$
4.300, sendo que 25% estão abaixo de R$ 3.600.
"Por isso, a discussão de um novo Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação, o Fundeb, ainda mais redistributivo é tão
central", afirma
Nogueira Filho.
O Fundeb
financia a maior parte da educação básica pública e, por lei, deixa de valer no
fim do ano que vem.
ANUÁRIO DA EDUCAÇÃO
A entidade
divulgou nesta terça-feira 25/6 a edição 2019 de seu Anuário Brasileiro da
Educação Básica. Feito em parceria com a Editora Moderna, o estudo traz uma
série de análises sobre os temas das 20 metas do Plano Nacional de Educação
(PNE), que nesta semana chega oficialmente à metade de seu período de vigência.
O
documento, que está em sua oitava edição, ainda destaca os principais desafios
a serem enfrentados para o país avançar na qualidade da educação. Um dos
destaques da pesquisa é o financiamento público da educação e a desigualdade
entre os valores investidos pelas diferentes redes de ensino espalhadas pelo
país.
DESIGUALDADE
O estudo
aponta, por exemplo, que, em 2015, enquanto um município localizado no Rio
Grande do Sul destinava cerca de R$ 19,5 mil por aluno, o valor mais alto
contabilizado em todo o país, outro município, no Maranhão, dispôs de apenas R$
2,9 mil. Ou seja, quase sete vezes mais. Esses dois extremos foram registrados
pela cidade gaúcha Pinto Bandeira e pela maranhense Buriti.
De acordo
com Nogueira Filho, se o Fundeb não estivesse em vigor, essa proporção de quase
7 para 1 chegaria, em alguns casos, a 100.
"O
Fundeb tem um papel de redutor de desigualdade. Sem ele, caso cada Município e
Estado só contasse com arrecadação própria, a diferença entre o financiamento
público de dois Municípios poderia chegar a 100 vezes", explica o diretor
do Todos pela Educação.
Ainda de
acordo com o Anuário, enquanto os municípios maranhenses dispõem em média de R$
3,4 mil por aluno/ano, em São Paulo, essa média é de R$ 6,5 mil. No Distrito
Federal, unidade da Federação não dividida em municípios, o gasto médio por
aluno é de R$ 11,5 mil. Todos esses dados se referem também ao ano de 2015.
Verba por aluno chega a ser 7
vezes menor entre cidades do país.
CLUBE DOS RICOS
O estudo
também aponta as diferenças entre o gasto anual por estudante no Brasil e na
média da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE),
também conhecido como o "clube dos ricos", por reunir as maiores
economias do mundo. Em 2015, levando-se em conta as séries de ensino do ensino
fundamental ao superior, o investimento por estudante no Brasil foi de US$
4.451, menos da metade do realizado pela média da OCDE (US$ 10.520).
Nos anos
iniciais do ensino fundamental (1º ano ao 5º ano), o gasto por aluno no Brasil
foi de US$ 3.762, enquanto na OCDE foi de US$ 8.631. Já no ensino superior a
diferença foi bem menor: US$ 14.261 no Brasil e US$ 15.656 na média da OCDE.
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ResponderExcluirAguenta Nova história kkkkķkkkkkkķkkķ.kkkkkkkkk.kkkkkkkkkkkkkkkkkklkk.
ResponderExcluirPor isso que tem tantos petistas na cidade
ResponderExcluirNão faltando Safadão no festejo o povo está se fixando para educação.
ResponderExcluir😁😁🛩🛩
ResponderExcluirPense num correu buritiense sem graça
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