O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nessa terça-feira 16/6
a quebra do sigilo bancário de 11 parlamentares apoiadores do presidente Jair
Bolsonaro. Moraes atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que
também demandou a operação de busca e apreensão realizada contra 21 alvos em
quatro estados do país no mesmo dia de manhã.
A ação conjunta foi
batizada de Operação Lume. O objetivo é apurar se os parlamentares se somaram a
empresários, blogueiros e outros ativistas digitais que foram alvos da busca
e apreensão participaram de um esquema de financiamento dos atos de apoio
ao presidente da República contra a democracia. Eles pediam o fechamento do STF
e do Congresso Nacional.
Alexandre de Moraes
também ordenou que as redes sociais apresentem relatórios sobre a chamada
“monetização” de páginas bolsonaristas que promoveram os atos antidemocráticos.
No jargão da internet, monetização é a forma de remunerar sites, blogueiros e
youtubers através de publicidade, redirecionamento a outros sites e até a venda
de informação de seus públicos.
Alguns dos principais
deputados federais da base de apoio do presidente da República foram atingidos
pela decisão do ministro Moraes. São eles: Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis
(PSL-DF), Cabo Junio Amaral (PSL-MG) e Otoni de Paula (PSC-RJ). Na segunda
linha, também foram determinadas a quebra dos sigilos dos deputados federais
Daniel Silveira (PSL-RJ), General Girão (PSL-RN), Carolina de Toni
(PSL-SC), Guiga Peixoto (PSL-SP), Alê Silva (PSL-MG), e Aline Sleutjes (PSL-PR).
O senador da República Arolde de Oliveira (PSD-RJ) também teve a quebra do seu
sigilo bancário determinado.
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Deputados que tiveram sigilo quebrado |
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Senador bolsonarista que teve sugilo quebrado pelo STF |
As quebras de sigilo
bancário foram determinadas após a PGR constatar indícios de que os
parlamentares manifestaram seu apoio aos atos antidemocráticos e a necessidade
de aprofundar as investigações em relação a eles.
PRISÕES DE MAIS TRÊS INVESTIGADOS E
APREENSÕES
Ainda na terça, segundo
a colunista Bela Megale de O Globo, a PF prendeu outros três investigados que
não foram encontrados na operação de segunda-feira, 15, que deteve a extremista
de direita Sara Fernanda Geromini, autodenominada Sara Winter.
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Sara Giromini se autodenomia Sara Winter, em redes sociais - Foto: Reprodução |
O inquérito sobre os
atos antidemocráticos foi uma solicitação do procurador-geral da República, Augusto
Aras, em abril. A PGR objetiva investigar a organização dos movimentos e
o possível cometimento de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.
BUSCA E APREENSÃO – O deputado Daniel Silveira foi um dos alvos da operação de busca e apreensão realizada em cinco Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina) e no Distrito Federal pela Polícia Federal, também por ordem de Alexandre de Moraes. Além dele, outros personagens notórios do bolsonarismo foram alvo da operação, casos do blogueiro Allan dos Santos, do empresário e advogado Luís Felipe Belmonte e do publicitário Sérgio Lima.
DO JORNAL EXTRA CLASSE
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