O Facebook anunciou
nesta quarta-feira 8/7 a exclusão de uma rede de contas, páginas e grupos
coordenados por funcionários de gabinetes ligados à família do presidente Jair
Bolsonaro e a deputados do Partido Social Liberal (PSL). As remoções ocorreram
na própria rede social e também no Instagram,
pertencente a ela.
De acordo com
a empresa, a rede removida nesta ação atuava desde as eleições de 2018
enganando sistematicamente o público, utilizando contas duplicadas e falsas,
envio de spam e ferramentas artificiais para aumentar a presença nas
plataformas sociais, ferramentas proibidas pelas normas da rede social.
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Tercio Arnaud Tomaz, assessor de Jair Bolsonaro que foi integrante do gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara; filho do presidente mantém aliados em cargos no Planalto - |
No Facebook,
a rede desarticulada contava com 35 contas pessoais, um grupo com cerca de 350
pessoas e 14 páginas — em torno de 883 mil pessoas seguiam pelo menos uma
destas páginas. Já no Instagram, foram identificadas 38 contas ligadas ao
grupo, que tinham cerca de 917 mil seguidores, no total.
Os conteúdos publicados e compartilhados por esta rede incluíam assuntos
como política, eleições, pandemia do novo coronavírus e
eventos locais. Havia ainda a postagem de memes relacionados à política e
críticas a opositores, jornalistas, organizações de mídia e sobre as ações de
combate à covid-19. Parte destes conteúdos já haviam sido removidos por violar
normas de uso dos serviços.
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Exemplos de conteúdos publicados pelos perfis e grupos derrubados - Fonte: Facebook/Divulgação |
Ação inédita no Brasil
Esta é a primeira vez que o Facebook realiza uma ação de derrubar redes
coordenadas no Brasil. Ela foi fruto de investigações conduzidas por
pesquisadores americanos do Digital Forensic Research Lab (DRFLab),
especializado em atuar no combate à desinformação e à violação de direitos
humanos em plataformas virtuais.
No relatório, o DRFLab afirma ter encontrado ligações entre as pessoas
responsáveis por controlar a rede com funcionários dos gabinetes do deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), do senador Flávio Bolsonaro
(Republicanos-RJ) e do presidente Jair Bolsonaro. O comunicado menciona ainda ligações
com os deputados estaduais Alana Passos (PSL-RJ) e Anderson Moraes (PSL-RJ).
Os pesquisadores acreditam também que um servidor ligado ao deputado
estadual Coronel Nishikawa (PSL-SP) e um funcionário do vereador Carlos
Bolsonaro (Republicanos-RJ) tenham participado do grupo que liderava as ações,
apesar de os dois políticos não terem sido mencionados pela rede
social.
Nem facebook supota tanto fake.
ResponderExcluirChega de tanta mentira.
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