Após 20 anos de Partido dos Trabalhadores, sociólogo Paulo Romão anuncia que quer disputar vaga do Senado pela legenda
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Aos 35 anos na data de hoje(6), Paulo Romão mostra disposição por vaga do Senado em 2022. |
Com apenas 35 anos de idade, Romão se fia em sua longa experiência dentro do PT para credenciar-se à disputa dentro do partido. E sabendo que esse tipo de decisão não funciona de maneira simples no maior partido do Brasil em número de filiados, a argumentação do sociólogo para este plano precisa ser bem acima do comum.
E quando enxergamos
o postulante tal qual ele é: jovem, negro, gay, com longa caminhada na direção
estadual do partido, passamos a concordar que esta seria uma opção que responde
aos novos anseios da sociedade, que agora se preocupa com pautas identitárias
na hora de escolher seus representantes.
Mas um dos grandes
trunfos que Paulo Romão carrega é a possibilidade de oxigenar o plantel do PT
no Maranhão, inaugurando uma renovação geracional na legenda, que poderá
apresentar novos nomes, novos rostos e ideais de esquerda que se mostrem – e
sejam realmente – renovados.
Segue a
carta-manifesto escrita pelo pré-candidato ao Senado em 2022 encaminhada às
direções estadual e nacional do PT, onde é antecipada a sua disposição na
disputa:
“O PT como
alternativa para o Senado Federal no Maranhão
Caro Presidente Lula
Cara Presidenta
Dilma
Cara Presidenta
Gleisi Hoffman
Caro Presidente
Augusto Lobato
Caro Presidente
Honorato Fernandes
Eu tenho quase a
idade do PT. Na verdade, neste 6 de dezembro de 2020 eu completo 35 anos de
vida e 20 deles dedicados ao PT, seja como militante, seja honrosamente como
dirigente do glorioso Partido dos Trabalhadores.
Conheci o PT no ano
2000, durante uma caminhada no bairro São Raimundo, da então candidata a
prefeita de São Luís pelo PT, a inspiradora Deputada Estadual Helena Heluy, em
quem votei pela primeira vez na vida.
Muitos não entendem
nossa forma de construir um partido de esquerda, voltado para as massas e de
orientação socialista com ampla democracia e participação interna nas decisões
dos rumos do partido e que, hoje, é presidido nacionalmente por uma mulher.
Tivemos a ousadia de
implementar o Processo de Eleição Direta – o nosso PED – para que nossa
existência partidária seja possível. O resultado disso é que nossa democracia
interna passou por mudanças estruturais – apesar das intermináveis disputas
internas que o PT/MA conhece tão bem – transformamos a legenda renovando suas
direções pela base, atualizando nosso programa partidário e nossa estratégia
partidária para disputar e ganhar a sociedade e fundamentalmente, OXIGENANDO
GERACIONALMENTE O PT.
Eu entrei na direção
partidária pela cota de juventude e de negro. Me tornei dirigente municipal e
estadual do PT e seguramente dei minha contribuição nestes longos anos como
Secretário Estadual da Juventude do PT; como Secretário de Formação Política do
PT de São Luís, como Secretário Estadual de Assuntos Institucionais do PT e
atualmente Secretário Estadual LGBT do PT/MA. Disputei a presidência estadual
do partido e já caminhei muito, estreitei bons laços sociais e políticos dentro
e fora do PT.
Fui, com muita honra,
Assessor Parlamentar, Secretário Adjunto de Juventude no primeiro mandato do
governador Flávio Dino, Coordenador Estadual do SINE/MA. Graças ao PT eu pude
ocupar essas e outras funções na administração pública que muito me honraram e
pude implementar o modo petista de governar e dialogar com a sociedade.
Em que pese as
distorções enormes que maculam o PED, tem sido através dele que hoje somos um
partido paritário de gênero, temos cotas para representações de negros e
índios, cotas para a juventude nas direções do partido em todos os níveis e
muito mais conscientes do nosso papel histórico, conscientes de nossos erros e
acertos nestes 40 anos e como mudamos a cara da sociedade brasileira nos
governos Lula e Dilma.
A razão pela qual me
dirijo a todos e todas que militam e constroem o partido como eu, reconhecendo
a importância do PT na minha trajetória política até aqui é muito simples: é
hora de sair do labirinto que nos obriga, a cada eleição no Maranhão, a aderir
a outros projetos políticos partidários por ausência de debate interno entre
nós que nos leve para outros horizontes políticos. O PT do Maranhão precisa
disputar a sociedade maranhense. Estes anos todos, fomos capturados, mas não
precisa ser assim para sempre.
Muitos vão aplaudir
minha ousadia, outros vão se espantar com a minha loucura, mas aos 35 anos eu
já posso ser muitas outras coisas na vida e decidi que quero ser Senador da
República pelo PT.
Isso porque também quero
debater outras perspectivas de desenvolvimento para o Maranhão. Acredito que
posso contribuir mais com o meu estado. Tenho ideias que podem servir ao povo
do Maranhão.
Quero que o PT me
oportunize a disputar o eleitorado maranhense para ser o senador que
efetivamente represente nossa maranhensidade. Quero ter a oportunidade de
apresentá-la para o debate público na sociedade e nas instâncias de nosso
partido.
Eu estou comunicando
ao meu partido, à nossa militância e aos meus amigos e familiares a minha disposição
de disputar o senado federal em 2022 pelo partido que luto e construo. Vou
buscar a viabilidade interna e externa desta pretensão e desde já peço todo
apoio e suporte político necessário.
O PT tem voto no
Maranhão. Eu estou me propondo a dialogar com o povo maranhense e defender a
renovação da cadeira no Senado Federal para um jovem negro, de origem
periférica e sem parentes e sobrenomes importantes na política, vindo do
interior, como tantos e tantas maranhenses, em busca de melhores condições de
vida aqui na capital. Daqui pra frente
só o impossível me interessa.
Atenciosamente,
Paulo Romão Meireles Neto
Sociólogo
Petista
São Luís, 06 de
dezembro de 2020”.
Sem dúvidas meu senador.🌻
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