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Página inicial Coluna SEXTA DE NARRATIVAS – NO MEU QUINTAL, COM OS MEUS NETOS E AS MINHAS ÁRVORES

Em março de 1988, numa manhã cedo, soou a campainha da minha casa no PLANALTO DO ANIL I em São Luís e eu mesmo fui atender. Era o meu antigo amigo Luis Mascena, que foi morador e trabalhador do meu Pai na minha LARAJEIRAS e um amigo meu de infância, meu compadre e meu herói, pois era muito forte e corajoso, embora muito pacato, características de homens de bem e de bom senso. Já idoso, de barba branca, ao me ver, disse: o cumpádi num tá cun-icendo o véi. Respondi-lhe alegremente: é o meu compadre e amigo Luis Mascena! Ele sorriu e falou que estava precisando de Socorro pois o seu filho mais velho estava preso numa Delegacia de Polícia Civil. Pedi que entrasse e contasse-me os fatos ensejadores da prisão. Ele respondeu que   acusaram o seu filho de Invasor de Terras na Vila J. Lima em São José de Ribamar e ele estava envergonhado.

Tentei acalma-lo e assegurei que iria cuidar da defesa do seu filho, mas disse-lhe que o detento não poderia ser tratado como Criminoso, já que estava lutando por um lugar para morar em uma área que já era reconhecida como  de uso comum de uma ASSOCIAÇÃO  COMUNITÁRIA que tinha a posse da terra há mais de cinco anos. Fui à Delegacia do Bairro Maiobão e libertei o filho do meu amigo, conhecido por CABUQUIM, meu colega de infância  e os levei para a casa do amigo Luís, onde me foi oferecido um café com delicioso beiju com coco babaçu. Em seguida Luis Mascena com lágrimas nos olhos repetiu que iria voltar para o interior.

Eu perguntei a ele se eu comprasse uma área de terras para eu transformá-la num Sítio naquele bairro, ele aceitaria ser meu Morador e ele levantou-se sorrindo e quase gritando respondeu: o sin-ô continua sendo o meu amigo e eu num sei nem cuma lhe agradicê meu cumpádi! Eu o abracei e lhe tranquilizei pedindo que apontasse uma área de terras de alguém que quisesse vender a sua posse. Ele indicou uma de cinco metros de frente por trinta metros de fundos. Propus a compra e fomos com o vendedor até a ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES e a Compra e Venda foi consumada tendo o meu amigo contratado a meu pedido, dois trabalhadores para ajudá-lo na construção de sua casa, desta vez, de Argila e coberta de telhas canal.

Passei então com a minha família a almoçar na casa dele e futuro Sítio todos os sábados, ao mesmo tempo em que iniciei a compra de material de construção da futura Casa de Veraneio. Em 2004, resolvi trocar o Barulho da cidade pela tranquilidade do já então SÍTIO LARANJEIRAS que se tornou o meu RECANTO PREDILETO, hoje com árvores frutíferas variadas, bastante sombra e área de Lazer com piscina e muita VIDA, com a minha Querida Filha Allinne, os meus querido Neto Carlos Filho, minha Querida Neta Yasmim, meu querido Genro Revetria e a minha Fiel Escudeira BELLA. Repito todos os dias em minhas orações o meu Agradecimento ao Senhor nosso Deus de bondade e de AMOR por ter   me concedido saúde e capacidade de lutar e hoje possuir esta MARAVILHOSA VIVENDA, ou o MEU QUINTAL, COM OS MEUS NETOS E AS MINHAS ÁRVORES!


SOBRE O AUTOR

- É buritiense, ardoroso amante da sua terra, deu seus primeiros passos no velho Grupo Escolar Antônia Faria, cursou o Ginásio Industrial na Escola Técnica Federal do Maranhão e Científico no Liceu piauiense e no Liceu maranhense, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito/UFMA, é advogado inscrito na OAB/MA, ativo, Pós-graduado em Direito Civil, Direito Penal e Curso de Formação de Magistrado pela Escola de Magistrados do Maranhão, Delegado de Polícia Civil, Classe Especial, aposentado, exerceu todos os cargos de comando da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, incluindo o de Secretário. Detesta injustiça de qualquer natureza, principalmente contra os pobres e oprimidos, com trabalho realizado em favor destes, inclusive na Comarca de Buriti.

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